Em um mundo cada vez mais dinâmico, essas atitudes individuais podem parecer modestas, mas, quando somadas, geram um movimento coletivo capaz de provocar uma transformação
O ser humano, enquanto sujeito no mundo, é dotado de uma capacidade única de refletir e tomar decisões. Nesse contexto existencial, ele se depara com escolhas que podem afetar sua própria vida, a sociedade e o planeta enquanto totalidade.
Em essência, é possível afirmar que a sustentabilidade trata-se de um convite para repensar determinados hábitos e estabelecer um compromisso com o futuro, considerando a preservação dos recursos naturais e o respeito à vida em todas as suas formas. A partir de atitudes pequenas no cotidiano compartilhado, qualquer pessoa pode contribuir de maneira significativa para a redução de impactos na natureza.
O que é ser sustentável e quais as formas de praticar esses hábitos?
Ser sustentável implica adotar atitudes e práticas que visam reduzir o impacto sobre a natureza em suas múltiplas formas. Trata-se de um modo de vida que coloca o “ser” no centro das decisões, priorizando suas necessidades reais. É um conceito fundamentado no princípio de que “menos é mais”, reconhecendo que os recursos são finitos.
A primeira dica de hábitos saudáveis é uma regra amplamente conhecida e que possivelmente muitas pessoas ouviram falar durante o ensino fundamental e médio na escola: chama-se a regra dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar). Reduzir o consumo, reutilizar itens e reciclar materiais é um comportamento que impacta diretamente a quantidade de resíduos descartados ao longo da vida.
Reduzir o consumo significa contribuir menos para o esgotamento dos recursos naturais. Já a reutilização de objetos evita diretamente que itens ainda passíveis de uso cheguem em aterros sanitários. No que tange a reciclagem, possibilita a transformação de materiais, como plástico, papel e metal, em novos produtos. Essa regra pode ser utilizada em tarefas do cotidiano por qualquer pessoa.
A segunda dica é fazer compras localmente. Em tese, ao apoiar negócios locais, há uma redução da necessidade de longas distâncias de transporte, o que, por sua vez, diminui o consumo de combustível e as emissões de gases poluentes.
A globalização, embora traga benefícios como facilidade de comunicação e troca de produtos, muitas vezes, resulta em um aumento da pegada de carbono, devido ao transporte de mercadorias por grandes distâncias.
Essa questão leva-nos à terceira dica: a indústria alimentícia é uma das principais responsáveis pela degradação ambiental, especialmente em relação ao uso de recursos naturais, desmatamento e emissão de gases de efeito estufa. Nesses casos, ao adotar estratégias alimentares mais conscientes, privilegiando alimentos locais, orgânicos e de baixo impacto ambiental, contribui-se diretamente para a preservação em curta escala.
Esse processo também leva-nos a quarta dica: faça uso de todas as partes do alimento. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 830 milhões de pessoas no mundo sofreram com a fome em 2022. Esse dado instiga a reflexão sobre a importância de repensar os hábitos alimentares, reconhecendo que os alimentos podem ser preparados de múltiplas formas.
A quinta dica, nesse sentido, diz respeito às tecnologias no mundo contemporâneo. O avanço tecnológico tem proporcionado inúmeras inovações, mas também gerado um crescente problema de lixo eletrônico.
Ao invés de descartar dispositivos eletrônicos antigos, considere a compra de usados, como um iPhone recondicionado, por exemplo. Comprar produtos recondicionados não só reduz a quantidade de resíduos eletrônicos, mas também economiza recursos naturais e energia.
No fim, embora tais hábitos pareçam pequenos comparados com a totalidade do mundo, juntos, formam um movimento coletivo de transformação. O ser humano, ao compreender sua relação com a natureza e o impacto de suas escolhas, torna-se um agente de mudança e transformação, pelo menos é o que a história nos conta.