Telemedicina: superando desafios e aproveitando oportunidades

A telemedicina tem se consolidado como uma ferramenta transformadora no setor da saúde, especialmente diante de desafios globais como a escassez de médicos em áreas remotas e a pressão sobre sistemas de saúde durante pandemias. 

A utilização de tecnologias digitais para realizar consultas médicas à distância, monitoramento de pacientes e até diagnósticos tem se mostrado não apenas uma alternativa viável, mas uma necessidade emergente. 

No entanto, apesar de seu enorme potencial, a telemedicina enfrenta uma série de desafios que ainda precisam ser superados, como questões relacionadas à regulamentação, à infraestrutura tecnológica e à aceitação por profissionais de saúde e por pacientes. 

Para muitos, a transição do atendimento presencial para o remoto ainda gera receios quanto à qualidade do cuidado e à confiabilidade das ferramentas. 

Contudo, se bem implementada, a telemedicina não só pode ampliar o acesso aos serviços de saúde, como também otimizar os custos operacionais e melhorar a qualidade do atendimento. 

O futuro da telemedicina está repleto de oportunidades para inovação, com a implementação de inteligência artificial, a ampliação das redes de conectividade e o fortalecimento das políticas públicas, permitindo que mais pessoas possam se beneficiar. 

Este texto explora os principais desafios e as oportunidades que surgem com a crescente adoção da telemedicina no cenário global.

A evolução da telemedicina: uma visão geral

A telemedicina surgiu como uma inovação no setor de saúde nas últimas décadas, ganhando força especialmente com o avanço da internet e das tecnologias de comunicação. 

Inicialmente, utilizada apenas para consultas simples e orientações, a prática evoluiu rapidamente, incorporando recursos como: 

  • Teleconsulta;
  • Monitoramento remoto de pacientes;
  • Uso de inteligência artificial para diagnósticos;
  • Terapias de reabilitação à distância. 

Essa evolução tem sido impulsionada pela crescente demanda por soluções que facilitem o acesso à saúde, principalmente em áreas rurais e regiões com escassez de profissionais médicos. 

A flexibilidade da telemedicina se reflete na sua capacidade de atender diferentes especialidades, desde a medicina humana até o atendimento veterinário domiciliar, onde consultas para animais de estimação podem ser realizadas de maneira mais conveniente.

Além disso, a infraestrutura necessária para suportar a telemedicina também evoluiu consideravelmente. 

O aprimoramento das redes de conectividade e o aumento da capacidade dos dispositivos móveis e de comunicação facilitaram a transição para esse novo modelo de atendimento. 

Em paralelo, a instalação elétrica industrial, que sustenta muitas dessas tecnologias em ambientes clínicos e hospitais, desempenha um papel crucial na garantia da continuidade e confiabilidade desses serviços à distância.

A convergência dessas tecnologias cria novas possibilidades de atendimento médico, permitindo que profissionais e pacientes se conectem de maneira eficiente, independentemente da distância física.

Barreiras tecnológicas e regulatórias

Apesar do potencial transformador da telemedicina, a adoção ampla dessa prática ainda enfrenta uma série de desafios, especialmente em relação às barreiras tecnológicas e regulatórias. 

Um dos principais obstáculos é a infraestrutura de conectividade, que em muitas regiões ainda é insuficiente para garantir consultas de qualidade. 

O uso de plataformas digitais, pode ser limitado por falhas na rede ou pela falta de acesso a tecnologias mais avançadas, o que dificulta a expansão da telemedicina, principalmente em áreas rurais e mais remotas. 

Além disso, a proteção dos dados dos pacientes é uma preocupação crescente, exigindo investimentos constantes em segurança digital para garantir que as informações sensíveis não sejam vulneráveis a vazamentos ou ataques cibernéticos.

Do ponto de vista regulatório, a telemedicina ainda enfrenta desafios significativos. 

A legislação sobre a prática varia de país para país, e, em muitos casos, as normas não acompanham o ritmo da evolução tecnológica. 

Isso inclui a regulamentação de novas especialidades, como a ozonioterapia pet, uma prática crescente no atendimento veterinário que pode ser realizada de maneira remota. 

A falta de diretrizes claras pode gerar insegurança tanto para profissionais da saúde quanto para pacientes, limitando o potencial da telemedicina de forma geral. 

A criação de um marco regulatório robusto é essencial para garantir que esses serviços sejam prestados de forma segura e eficaz.

O Impacto na acessibilidade e qualidade do atendimento

A telemedicina tem um impacto significativo na acessibilidade ao atendimento médico, especialmente em regiões remotas ou com falta de profissionais de saúde. 

Ao permitir consultas à distância, a telemedicina supera as limitações de distância física e tempo, oferecendo aos pacientes a possibilidade de serem atendidos por especialistas sem a necessidade de viajar longas distâncias. 

Além disso, esse modelo tem sido crucial para aumentar a inclusão, pois facilita o acesso a serviços médicos de qualidade para populações em situação de vulnerabilidade ou com dificuldades de mobilidade. 

No setor veterinário, a telemedicina também tem se destacado, permitindo que cuidados especializados, como a endoscopia canina, sejam discutidos e planejados à distância, oferecendo comodidade tanto para os donos quanto para os profissionais de saúde animal.

Embora a telemedicina facilite o acesso, ela também tem o potencial de melhorar a qualidade do atendimento médico. 

A utilização de tecnologias avançadas, como dispositivos de monitoramento remoto e videoconferências, possibilita um acompanhamento mais contínuo e personalizado dos pacientes, sem a necessidade de visitas constantes a clínicas ou hospitais. 

No caso de intervenções mais complexas, como a endoscopia em cachorro, a telemedicina permite uma consulta preliminar para avaliar o quadro do animal e definir a melhor abordagem para o procedimento. 

Isso contribui para um diagnóstico mais rápido e preciso, além de otimizar os recursos disponíveis no cuidado veterinário.

Como otimizar custos e melhorar a eficiência do sistema

A telemedicina oferece uma série de oportunidades para otimizar os custos e melhorar a eficiência dos sistemas de saúde. 

Ao reduzir a necessidade de visitas presenciais, ela diminui os custos operacionais relacionados à infraestrutura física, como o aluguel de consultórios e o pagamento de pessoal para atendimento presencial. 

Além disso, permite que os profissionais de saúde atendam mais pacientes em um período menor, otimizando o uso de seus horários e aumentando a produtividade. 

A possibilidade de realizar consultas, monitoramento e acompanhamento remoto também diminui a sobrecarga de hospitais e clínicas, liberando recursos para casos mais graves e urgentes. 

Dessa forma, a telemedicina não só ajuda a reduzir os gastos com logística, mas também oferece um atendimento mais eficiente, sem comprometer a qualidade.

Outro benefício importante é a personalização dos serviços, com o uso de ferramentas que agilizam e tornam o atendimento mais direcionado. 

Por exemplo, um bloco de pedido personalizado, utilizado durante a teleconsulta, pode ser adaptado para as necessidades específicas de cada paciente, tornando o processo de solicitação de exames e prescrições mais rápido e preciso. 

Essa personalização reduz o risco de erros médicos, evita exames desnecessários e torna o atendimento mais focado e assertivo. 

Com isso, a telemedicina contribui significativamente para a sustentabilidade financeira do sistema de saúde, melhorando a eficiência tanto para os profissionais quanto para os pacientes.

Futuro da telemedicina: tendências e oportunidades 

O futuro da telemedicina é promissor, com diversas tendências e oportunidades que irão moldar o setor nos próximos anos. 

A evolução da inteligência artificial (IA) e do aprendizado de máquina deve facilitar diagnósticos mais rápidos e precisos, permitindo que os profissionais de saúde realizem avaliações mais assertivas a distância. 

Além disso, a integração com dispositivos vestíveis e de monitoramento remoto trará uma nova era para o acompanhamento de condições crônicas e a prevenção de doenças. 

No setor veterinário, por exemplo, serviços como o teste rápido FIV e FeLV, podem ser realizados com mais eficiência através da telemedicina, com médicos veterinários oferecendo consultas preliminares e interpretando os resultados remotamente. 

Isso aumenta a conveniência para os donos de animais e amplia o acesso a cuidados especializados.

Outra tendência importante é a personalização no atendimento, que se manifestará não apenas em consultas, mas também na maneira como os tratamentos e orientações são fornecidos. 

Um exemplo disso é o uso de soluções como o papel de arroz personalizado, que pode ser utilizado em diversas áreas da medicina para criar soluções de tratamento adaptadas às necessidades específicas de cada paciente. 

A telemedicina, ao incorporar essas tecnologias, tem o potencial de transformar a medicina preventiva e especializada, melhorando o acesso a cuidados de saúde mais personalizados e eficientes.

Entenda como funciona o seguro de vida para doenças graves

Modalidade de seguro que oferece cobertura para uma extensa gama de doenças é ideal para quem possui histórico de patologias na família, como câncer

Em crescimento no Brasil, o seguro de vida é um produto oferecido por bancos e seguradoras que tem por finalidade resguardar financeiramente o segurado e sua família em casos imprevisíveis que envolvam a própria vida ou a saúde. Com diferentes tipos de produtos, os seguros de vida cobrem, atualmente, uma gama de eventos.

Conhecendo o que é o seguro de vida

Seu funcionamento básico é, contudo, bastante simples. A cobertura dos seguros de vida geralmente envolve pagamento em dinheiro para os beneficiários mediante eventos como morte do segurado, seja acidental ou natural, e também invalidez, seja ela provocada por acidente ou em decorrência de alguma doença incapacitante.

Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, no primeiro semestre de 2024, houve um aumento de 25% nos prêmios pagos pelos segurados. No mesmo período, houve também alta de 25% no pagamento de indenizações. Para a Federação, os números evidenciam um aumento de interesse por esses produtos.

A cobertura contra doenças graves

Em meio aos diferentes produtos, um tipo de cobertura tem ganhado destaque. É a cobertura por doenças graves. Esse tipo de cobertura, cuja indenização pode ser usada ainda em vida, auxilia financeiramente principalmente nos casos em que o segurado perde a sua fonte de renda devido a uma doença ou no auxílio no pagamento de custos com tratamentos e outras despesas médicas.

O seguro contra doenças graves é, geralmente, um apêndice do seguro de vida. Logo, trata-se de uma contratação à parte. É especialmente importante, porém, para quem já possui seguro de vida e ainda tem um histórico de doenças graves na família. A partir do diagnóstico de alguma doença presente no rol daquelas cobertas pelo seguro, e constando na apólice do segurado, já é possível dar entrada na indenização.

Quais doenças o seguro cobre

A legislação brasileira determina quais são as doenças graves. As seguradoras também têm em seu escopo quais são cobertas. Entre elas, estão geralmente variados tipos de câncer, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, esclerose múltipla, paralisia dos membros e mal de Alzheimer, transplante de órgãos, perda de visão ou audição, entre outras.

Quais são as condições para fazer um seguro para doenças graves

Algumas regras, porém, são estipuladas pelas seguradoras. A maioria delas não aceita segurados com mais de 65 anos. E, após certa idade, o seguro contra doenças graves para de cobrir o segurado – geralmente depois dos 70 anos. Logo, toda indenização deve ser pedida dentro do período vigente do contrato.

Quem faz um seguro deve estar ciente que todo pedido de indenização só pode ser feito após o período de carência estipulado pela seguradora. Além disso, a indenização só é paga uma única vez. Por essa razão, é importante revisar periodicamente o seguro e ver se ele está abrangendo tudo o que se necessita, inclusive o valor da indenização, que varia conforme a mensalidade paga.

Uma vez que se saiba o que é o seguro de vida e como funciona, é importante controlá-lo nas seguradoras registradas na Susep, a Superintendência de Seguros Privados, órgão que fiscaliza os seguros pessoais. Assim, é possível ter segurança de que receberá a indenização quando e se precisar, dando de fato proteção aos familiares nos momentos em que mais se necessita.

Qual é a explicação para a recomendação de comer de três em três horas?

Prática é recomendada por nutricionistas e estimula diversas pesquisas online

O famoso conselho de comer de três em três horas para manter uma alimentação equilibrada é repassado sem mesmo que algumas pessoas saibam sua origem ou os fatos que levaram a esse aprendizado. Por causa dessa origem desconhecida, são feitos questionamentos ao Google como: “comer de 3 em 3 horas é mito?”.

Outras buscas revelam que até mesmo os objetivos desse modo de alimentação não são tão evidentes quanto parecem. As pesquisas no site revelam que muitas pessoas querem saber se o hábito engorda, emagrece, acelera o metabolismo, faz ganhar massa muscular ou quantos quilos a prática leva a perder por semana.

Diante das dúvidas, é importante destacar porque esse hábito é importante para uma alimentação equilibrada. Dessa forma, é possível dar o conselho completo ao recomendar essa conduta.

Por que comer de três em três horas?

Essa prática está associada ao controle da saciedade, pois faz com que a pessoa saiba exatamente quando está comendo por necessidade ou se essa fome está associada a outros sentimentos, como estresse ou ansiedade. Esse controle, no entanto, só começa a ocorrer em longo prazo, ou seja, após um bom tempo de prática. 

Nutricionistas apontam que essa periodicidade na alimentação ativa uma série de reações químicas no organismo que estabilizam o nível de glicose e insulina e resultam também na queima de gordura. 

Passar mais tempo sem comer não seria recomendado, mesmo sendo tempo suficiente para que essas reações ocorram, até porque essas atividades consomem gordura e energia, e, na falta desses elementos, podem consumir massa muscular. Esse longo tempo sem alimentação também pode aumentar o apetite, provocando descontrole na próxima refeição. 

Quando as refeições são fracionadas, a saciedade é prolongada, diminuindo a procura por petiscos entre as refeições. 

Além disso, o cálculo de refeições a cada três horas é feito por nutricionistas levando em conta as oito horas de sono recomendadas. O restante do tempo que sobra é dividido, e inclui uma média de cinco refeições. 

É importante, porém, buscar um nutricionista para verificar essa periodicidade e também os alimentos mais adequados. Essas práticas alimentares podem precisar variar conforme peso, idade, sexo, taxas hormonais e problemas de saúde, por exemplo. 

O que comer a cada três horas?

O tempo da refeição é um fator importante para uma alimentação adequada, mas essa prática pode não fazer diferença se a escolha dos alimentos não for responsável. Alimentos adequados devem ser escolhidos principalmente para as três principais refeições: café da manhã, almoço e jantar. 

Nessas refeições, é necessário consumir alimentos ricos em proteínas ou gorduras de boa qualidade encontrados no leite, castanhas, feijões, azeites e carnes. Essas substâncias estimulam a saciedade. Para os lanches, uma boa opção é comer uma barra de proteína, que ajuda também a manter a massa muscular, principalmente para quem tem uma rotina de exercícios. 

O que deve ser evitado são alimentos com muitas calorias ou alto teor de gorduras, em especial as saturadas. Esses hábitos podem prejudicar ainda mais uma alimentação equilibrada se ocorrerem junto do não consumo de frutas, verduras e legumes. 

Confidencialidade e ética médica na era digital: Desafios e soluções

No turbilhão da era digital, onde a informação flui em um ritmo frenético e as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, a confidencialidade do paciente emerge como um farol crucial para a ética médica. Nesse cenário dinâmico, surgem desafios inéditos que exigem dos profissionais da saúde um compromisso redobrado com a proteção da privacidade e dos dados sensíveis sob seus cuidados.

Compartilhamento de Dados Online: O prontuário eletrônico é uma ferramenta essencial para o acompanhamento do histórico médico do paciente, mas também abre portas para a disseminação indevida de informações. Compartilhá-lo em plataformas online sem o consentimento expresso do paciente configura uma grave violação da confidencialidade.

Ciberataques e Vazamentos de Dados: A crescente dependência de sistemas digitais torna as clínicas de saúde alvos mais atrativos para ciberataques sofisticados. O vazamento de dados de pacientes pode ter consequências devastadoras, como danos à reputação da instituição, sofrimento emocional para os pacientes e até mesmo sanções legais.

Redes Sociais e Telemedicina: A popularidade das redes sociais e o crescente uso da telemedicina exigem cautela redobrada por parte dos profissionais da saúde. Publicar fotos ou vídeos de pacientes, mesmo com o rosto borrado, ou discutir casos clínicos em fóruns online pode colocar em risco a privacidade dos pacientes.

Big Data e Inteligência Artificial: O uso de ferramentas de big data e inteligência artificial na análise de dados de saúde levanta preocupações éticas quanto ao uso indevido e à falta de transparência sobre como as informações são coletadas, armazenadas e utilizadas.

Navegando pelos caminhos da solução da ética médica

Consentimento livre e esclarecido: O consentimento do paciente deve ser obtido de forma livre, clara e inequívoca para qualquer compartilhamento de dados, seja online ou offline. As clínicas de saúde devem ter mecanismos claros e transparentes para a coleta do consentimento.

Segurança da informação robusta: Implementar medidas robustas de segurança da informação, como criptografia de dados, controle de acesso rigoroso e treinamento contínuo dos funcionários, é crucial para proteger os dados dos pacientes contra acessos não autorizados, perda acidental ou uso indevido.

Educação continuada: A educação continuada dos profissionais da saúde sobre os desafios da confidencialidade na era digital é fundamental para garantir que estejam atualizados sobre as melhores práticas e protocolos de segurança da informação.

Transparência e comunicação clara: Manter uma comunicação clara e transparente com os pacientes sobre como seus dados estão sendo coletados, armazenados e utilizados é essencial para construir a confiança e o respeito mútuo.

Revisão e atualização constantes: As políticas e procedimentos relacionados à confidencialidade do paciente devem ser revisados e atualizados periodicamente para garantir que estejam em conformidade com as leis e regulamentações em vigor.

Na era digital, a confidencialidade do paciente não é apenas uma obrigação legal, mas sim um pilar fundamental da ética médica. Ao abraçar os desafios e implementar as soluções adequadas, os profissionais da saúde podem garantir a proteção da privacidade dos pacientes, fortalecer a confiança na relação médico-paciente e construir uma base sólida para uma prática médica ética, responsável e comprometida com o bem-estar dos indivíduos.

A confidencialidade do paciente é um direito fundamental que deve ser protegido a todo custo. Advogados especialistas em direito médico, como Erlane Bacelar, podem auxiliar os profissionais da saúde a navegar com segurança pelos desafios da era digital e garantir que os dados de seus pacientes estejam sempre protegidos.

Entenda a legislação: O que os planos de saúde não podem fazer?

A saúde é um direito fundamental do cidadão brasileiro, garantido pela Constituição Federal. Nesse contexto, os planos de saúde se apresentam como uma importante ferramenta para complementar o atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, para garantir a qualidade e a efetividade desses planos, é fundamental que os consumidores estejam cientes de seus direitos e da legislação vigente.

A Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998) é o principal marco legal que regula os planos de saúde no Brasil. Essa lei estabelece os direitos e deveres dos consumidores, as obrigações das operadoras de planos de saúde, e define os procedimentos para resolução de conflitos.

Cobertura obrigatória: O que os planos de saúde são obrigados a oferecer?

A Lei dos Planos de Saúde define uma lista de procedimentos que os planos de saúde são obrigados a cobrir, conhecida como Rol de Procedimentos Mínimos. Essa lista inclui procedimentos médicos, cirúrgicos, odontológicos, hospitalares, ambulatoriais, laboratoriais e de diagnóstico e tratamento de doenças.

A lista é periodicamente atualizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para garantir que esteja em consonância com os avanços da medicina e as necessidades da população.

O que o rol de procedimentos mínimos cobre? O rol de procedimentos mínimos é abrangente e inclui uma ampla gama de procedimentos, divididos em diversas categorias, como:

  • Consultas médicas: Consultas com médicos de diversas especialidades, como clínica geral, pediatria, ginecologia, cardiologia, entre outras.
  • Exames: Exames laboratoriais, de imagem (raio-X, tomografia, ressonância magnética, etc.), e outros exames complementares para diagnóstico e acompanhamento de doenças.
  • Procedimentos ambulatoriais: Procedimentos realizados em consultórios médicos ou clínicas, como curativos, suturas, aplicação de injeções, retirada de pontos, entre outros.
  • Procedimentos hospitalares: Procedimentos realizados em ambiente hospitalar, como cirurgias, internações, partos, terapias intensivas, entre outros.
  • Tratamentos de doenças: Cobertura para o tratamento de diversas doenças, incluindo medicamentos, terapias, cirurgias e outros procedimentos específicos.

É importante destacar que a cobertura obrigatória varia de acordo com o tipo de plano de saúde contratado:

  • Plano ambulatorial: Cobre consultas médicas, exames e procedimentos ambulatoriais.
  • Plano hospitalar com ou sem obstetrícia: Cobre consultas médicas, exames, procedimentos ambulatoriais e hospitalares, além de partos e internações.
  • Plano referência: Oferece cobertura para consultas médicas, exames e procedimentos em uma rede credenciada de médicos e hospitais. Define os procedimentos que serão cobertos e os valores de coparticipação do beneficiário.

Procedimentos estéticos e outros tratamentos: Além da lista de procedimentos mínimos, os planos de saúde também devem fornecer:

  • Cirurgias bariátricas e reparadoras pós-bariátricas: Quando houver indicação médica.
  • Próteses e órteses não-cirúrgicas: Necessárias para o tratamento do paciente.
  • Medicamentos: Desde que prescritos por um médico especialista e justificada a necessidade.

Os planos de saúde não podem negar cobertura de forma arbitrária ou injustificada. Em caso de negativa, o consumidor deve solicitar o comunicado oficial por escrito, com a justificativa detalhada da recusa.

Onde buscar ajuda em casos de negativa indevida do plano de saúde?

Caso o consumidor não esteja satisfeito com a resposta da operadora do plano de saúde, ele pode buscar seus direitos através de um advogado especialista em negativas de tratamentos pelos planos de saúde, como Erlane Bacelar.

Lembre-se:

  • Você tem o direito à saúde e ao tratamento adequado: Conforme previsto na Lei dos Planos de Saúde.
  • Documente todas as etapas do processo: Mantenha cópias de toda a comunicação com o plano de saúde.
  • Seja persistente: Não desista de lutar pelos seus direitos.

A Lei dos planos de saúde é um instrumento fundamental para garantir os direitos dos consumidores e promover a qualidade dos serviços de saúde suplementar. Ao conhecer seus direitos e saber como utilizá-los, você pode garantir o acesso ao tratamento médico que você precisa e merece.

4 dicas para se prevenir contra doenças crônicas

Com essas dicas básicas é possível reduzir o impacto das doenças e a necessidade de remédios

No Brasil, e também no mundo, aumentam cada vez mais os casos de mortes por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 70% das mortes precoces (que ocorrem antes dos 70 anos) são em decorrência de doenças crônicas.

O que são doenças crônicas?

Doenças crônicas são enfermidades que possuem uma progressão lenta e de longa duração, podendo durar de algumas semanas ou até mesmo durar a vida toda. Além disso, também podem ser ocasionadas por uma série de fatores, como fatores congênitos, hereditários ou de hábitos do indivíduo.

Dentre as doenças crônicas não transmissíveis, é possível citar o câncer, doenças pulmonares, como bronquite, asma e rinite, doenças metabólicas, como obesidade, diabetes e colesterol alto, doenças psicológicas e doenças cardiovasculares, como pressão alta e AVCs.

Nesse sentido, é comum haver uma preocupação quanto ao desenvolvimento de alguma dessas condições. Pensando nisso, trouxemos algumas técnicas preventivas que podem ajudar a minimizar os efeitos das doenças ou retardar o avanço delas.

Evite o cigarro

Por mais óbvio que pareça, o consumo de tabaco pode causar danos muitas vezes irreversíveis no sistema pulmonar, porém, é muito importante ressaltar que não só o pulmão é afetado pelo consumo de cigarro.

O tabagismo pode levar também ao câncer de língua, pulmão, brônquios, traqueia, pâncreas, bexiga, colo do útero, laringe, rim e ureter, esôfago e fígado. Segundo a OMS, o tabagismo mata cerca de 7 milhões de fumantes ativos e 1,2 milhões de fumantes passivos por ano no mundo.

Fazer exercícios regularmente

Outro segredo para a longevidade e diminuição dos riscos de doenças crônicas está na prática de exercícios físicos. Com a atividade física de baixa e média intensidade, é possível reduzir e até mesmo erradicar a obesidade (quando causada por sedentarismo), reduzir a pressão arterial e controle de colesterol.

Além disso, o exercício regular pode ajudar no fortalecimento pulmonar que, em muitos casos, pode reduzir a intensidade de crises asmáticas.

Alimentação

Uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, carnes e nozes é fundamental na prevenção de doenças de todos os tipos, não só das doenças crônicas. A principal meta é reduzir o consumo de açúcares e produtos industrializados, responsáveis pelo aumento de colesterol, surgimento de diabetes e obesidade.

Uma dieta balanceada ainda ajuda a regular a ingestão de vitaminas, o que reduz a suplementação em estágios posteriores da vida. Além disso, é preciso aumentar o consumo de água e reduzir as bebidas com açúcar e sais adicionados para evitar o comprometimento dos rins.

Converse com seu médico

Por fim, uma das dicas mais importantes é sempre estar em contato com seu médico de preferência, seja por consulta presencial ou mesmo consulta online, para fazer um acompanhamento de todo o quadro de saúde.

Quem tem labirintite pode praticar exercícios físicos?

Tonturas, vertigem e náuseas são alguns dos sintomas, mas não impedem a prática de atividade física

Fazer exercícios físicos diariamente faz parte da vida de muitas pessoas, seja por estética, para a melhora da saúde física do corpo ou para aliviar o estresse do dia a dia. No entanto, existem algumas condições físicas que impedem ou limitam a possibilidade de praticar exercícios físicos. Será que a labirintite se enquadra nessa categoria? Confira:

Antes de tudo, o que é labirintite?

A labirintite é um distúrbio do sistema vestibular (parte do ouvido interno responsável pelo equilíbrio corporal) que pode ser causado por uma série de fatores, como diabetes ou hipoglicemia, idade, pressão alta, alcoolismo, tabagismo, ansiedade, consumo de café, infecções de ouvido e até uso de certos medicamentos.

O ouvido interno é dividido em vários órgãos, entre eles existe o chamado labirinto, que funciona como um sensor do equilíbrio corporal e da percepção da posição do corpo (ele que diz se estamos inclinados, deitados ou rodando em relação ao chão). Por conta da inflamação o labirinto pode enviar sinais confusos para o cérebro; os olhos dizem que o corpo está parado, mas o labirinto envia sinais de que o corpo está desequilibrado, e isso pode causar uma série de sintomas.

Entre os sintomas mais comuns, estão a vertigem, tontura, náusea, vômito, visão turva, audição prejudicada, zumbido nos ouvidos e suor excessivo.

Mas a labirintite impede a prática de exercícios físicos?

A resposta curta para essa pergunta é: não, a labirintite não impede a prática de exercícios físicos. Na verdade, é o oposto, pois quem sofre de labirintite deve praticar atividades físicas para promover a reabilitação vestibular e diminuir os impactos do labirinto afetado.

Por outro lado, deve-se entender que algumas atividades podem, sim, provocar uma crise de labirintite. Exercícios que envolvem muita movimentação espacial do corpo, como correr, pular corda, saltar, artes marciais, jogar futebol, vôlei, basquete, etc., podem causar a confusão dos sinais do labirinto.

Para evitar esse tipo de problema, é preciso praticar exercícios voltados para quem sofre com este tipo de distúrbio em conjunto com um profissional de educação física, para que sejam feitas atividades que vão aumentar progressivamente o nível de exigência do sistema vestibular.

Além dos exercícios, é preciso fazer um acompanhamento de perto da labirintopatia com  um otorrinolaringologista e um neurologista, para atestar a evolução do quadro geral. Para casos que são causados por motivos emocionais e de estresse, é recomendado, também, fazer um acompanhamento com um psiquiatra e psicólogo para cuidar da questão psicológica do distúrbio.

Não menos importante, também é preciso prestar muita atenção à alimentação. Uma ingestão deficiente de nutrientes pode agravar o caso de labirintite; nesse caso, um acompanhamento com um nutricionista é recomendado, afinal, uma alimentação equilibrada ajuda a equilibrar o resto da saúde do corpo.

Por fim, não pode ser descartada a possibilidade de suplementação. Alguns produtos como whey protein e creatina são completamente inofensivos para o quadro da labirintite, e promovem um papel importante no auxílio da recuperação corporal após os exercícios.

Fisioterapia ajuda a melhorar a qualidade de vida na terceira idade

Aspectos físicos e emocionais podem ser tratados por profissionais da fisioterapia

Os idosos, mesmo aproveitando os benefícios da longevidade ativa, não estão isentos das limitações impostas pela idade. A busca pela saúde prolongada, por vezes, pode expô-los a um risco particular: a depressão. Sentimentos de invalidez e inutilidade se tornam comuns nessa fase, gerando impactos psicológicos e emocionais.

A raiz desse problema muitas vezes encontra-se na baixa autoestima, que se manifesta como uma insatisfação consigo mesmo e com suas capacidades, levando a uma sensação de não ser mais capaz de desempenhar papéis importantes ou de perder autonomia.

Para lidar com essa questão de maneira eficaz, é fundamental compreender que há uma série de intervenções que podem promover mais qualidade de vida na terceira idade. A fisioterapia, por exemplo, emerge como uma importante aliada nesse processo, já que não se limita apenas à recuperação física, incorporando aspectos emocionais e psicológicos.

O papel da fisioterapia na qualidade de vida de idosos

A fisioterapia assume uma função crucial na promoção da saúde e no aprimoramento do bem-estar. Ela pode ajudar a elevar a qualidade de vida e prevenir doenças em todas as fases da existência.

Com o decorrer dos anos, é frequente observar mudanças no sistema musculoesquelético, caracterizadas pela redução da força muscular, limitação da flexibilidade e desafios no equilíbrio, especialmente em idosos. Além do enfraquecimento, isso pode levar ao medo e redução nas atividades.

Deste modo, indivíduos mais velhos podem restringir significativamente o exercício de tarefas cotidianas aparentemente simples, como levantar-se da cama sozinhos, realizar suas necessidades básicas, subir escadas ou manusear objetos leves. Nesse contexto, a intervenção fisioterapêutica se mostra indispensável para minimizar essas limitações, promovendo mais autonomia na terceira idade.

A atuação dos fisioterapeutas na promoção da saúde e bem-estar dos idosos é marcada por técnicas e exercícios especializados, visando não apenas a recuperação, mas o fortalecimento da função física e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

Por meio da elaboração de programas de exercícios personalizados, os fisioterapeutas conseguem aprimorar diversos aspectos, como a força muscular, a flexibilidade, a coordenação motora e o equilíbrio de seus pacientes. Além disso, cuidam da prevenção de quedas e da mobilidade geral, aspectos cruciais para que os idosos se sintam mais seguros e confiantes em suas atividades diárias.
A abrangência da fisioterapia vai além, contribuindo para a reabilitação de lesões, o desenvolvimento da autoestima, a redução da dor crônica e a otimização das funções respiratórias, cardíacas e circulatórias. Afinal, muitos profissionais da faculdade de fisioterapia estudam para atender as demandas específicas dessa idade.

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