Conheça mais sobre a Reserva Royal, a futurística cidade sustentável que está em sua fase inicial de construção
Em uma área de 4 milhões de metros quadrados, entre as cidades de Tijucas e Porto Belo, será construída uma cidade planejada, chamada de Reserva Royal. O projeto foi idealizado e desenvolvido pela construtora Verde & Azul Urbanismo, e o grande diferencial desse projeto é que vai ser uma das primeiras cidades planejadas do Brasil com foco em sustentabilidade, qualidade de vida, preservação das matas e do mar de Santa Catarina. O investimento inicial do projeto é de R$ 50 milhões e será desenvolvido em 4 fases.
A futura cidade vai se localizar a uma distância de cerca de 500 quilômetros da cidade de Porto Alegre. Foi escolhida uma fazenda da família Bayer para ser o centro do projeto; o local mantém preservadas grandes porções de Mata Atlântica, o que foi um ponto fundamental para a criação do projeto. O Reserva Royal será o primeiro empreendimento intermunicipal do estado de Santa Catarina e um dos maiores projetos da região Sul do Brasil.
Como será feito o projeto?
A obra será dividida em 4 fases, sendo a primeira com uma previsão de conclusão de 20 meses. A primeira fase vai abranger cerca de 480 lotes, que serão distribuídos em uma área de 400 mil m². Logo em seguida, a segunda fase vai compreender 520 lotes, em uma área de 500 mil m². Essas duas primeiras fases serão responsáveis por criar o zoneamento da cidade e a fundação de serviços essenciais e primeiras moradias. Já a terceira e quarta fases, que ainda não possuem quantidade de lotes e tamanho estipulado, serão voltadas para a construção de zonas comerciais e áreas de urbanismo vertical.
O projeto foi feito pensando de maneira a preservar o máximo das belezas naturais da região e misturar conceitos urbanísticos modernos e sustentáveis, para atender às novas demandas de uma sociedade cada vez mais preocupada com sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Preservação como pedra fundamental
O principal objetivo do projeto é provar o ponto, para o Brasil e para o mundo, de que é possível desenvolver uma grande cidade economicamente ativa sem prejudicar a preservação da natureza circundante.
Um dos primeiros pontos é a preservação da mata ciliar, em um trecho de 14 quilômetros do Rio Santa Luzia, e ampliar sua área de 30 metros de cada margem para 100 metros de largura ao longo desse trecho, justamente o trecho que delimita a fronteira entre as cidades de Tijucas e Porto Belo.
Apenas a ampliação dessa área de preservação vai resultar em 400 mil m² de mata preservada, que serão destinados à criação de um parque ecológico intermunicipal. O segundo ponto do projeto, apenas nesta área do rio, é criar um corredor verde de ligação entre o parque e um maciço de Mata Atlântica que circunda as cidades de Porto Belo, Itapema e Camboriú; a ligação do maciço à essa área de preservação tem o objetivo de ampliar a área verde, possibilitar mais estudos de espécies de plantas e animais da região e criar uma área de acesso facilitado para resgate e soltura de animais silvestres, em parceria com ONGs, institutos e universidades focados em biopreservação.
Com relação à ocupação urbana, o projeto massivo de construção civil prevê captação de água de nascentes, uma porcentagem alta de imóveis adaptados para coleta de água da chuva e reaproveitamento. Além disso, também estão previstos imóveis com telhados verdes, placas fotovoltaicas para abastecimento da iluminação pública e asfalto verde (tipo mais poroso de asfalto, que evita enchentes pelo acúmulo de água de chuvas).
Outro ponto importante é uma segunda área florestada de preservação da Mata Atlântica, com cerca de 1 milhão de m², sendo uma área maior que o Bosque de Palermo, localizado em Buenos Aires, e o Parc du Cinquantenaire, localizado em Bruxelas, elevando a cidade a uma das maiores áreas de preservação de mata em área urbana do planeta.
Outros parques voltados para o lazer estão incluídos no projeto, como a construção de um mirante voltado para o mar, em direção à cidade de Tijucas. Além disso, outra área de 53 mil m², destinada à criação de playgrounds, quadras esportivas e arenas culturais, está em andamento no projeto.
A locomoção dentro da cidade também prevê uso de meios de transporte sustentáveis, apoiando o uso de uma malha completa de transporte público e ciclovias ao longo da cidade. A captação de lixo é projetada para ser totalmente repassada para centros de reciclagem e reaproveitamento, para minimizar o impacto de aterros sanitários.