Se antecipar a possíveis problemas é uma forma de evitar gastar mais dinheiro com consertos e ainda manter a saúde mecânica e elétrica do seu veículo
Quem viaja ou trabalha com carro sabe que não há nada pior do que ficar na rua por conta de algo simples que poderia ter sido visto com antecedência. Seja para garantir o bom funcionamento de todo o conjunto do carro ou mesmo para ter economia, fazer revisões periódicas de certos itens fundamentais é de grande importância para evitar sustos.
Os automóveis, assim como quaisquer outros equipamentos mecânicos, possuem partes em constante movimento como, por exemplo, suas partes internas do motor, suspensão e freio. O movimento das partes gera atrito e desgaste entre as peças, e a manutenção preventiva tem a finalidade de perceber este desgaste e substituir o que for necessário antes que seja tarde.
Em geral, as peças podem variar em durabilidade, a depender de cada carro. Os fluidos, como óleo de motor e aditivos do sistema de arrefecimento, possuem prazos que são comuns a praticamente qualquer carro. Já peças como correias, velas e cabos, baterias e até mesmo pneus devem ser constantemente verificadas. O indicado é saber quais são os prazos estabelecidos em manual ou pelo próprio fabricante.
Algo bastante básico e que pode ser feito em casa é a conferência dos níveis de fluidos. Em um local plano e com o motor frio, pode-se conferir o nível do óleo de motor, nível do líquido de arrefecimento e nível do fluido de freio. No caso do óleo do motor, checa-se o nível através da vareta de óleo. Puxando a vareta, deve-se conferir se o nível está entre a indicação de mínimo e máximo.
Pouco óleo significa que o motor pode estar trabalhando com menos lubrificação entre as suas peças, enquanto muito óleo pode atrapalhar o funcionamento da bomba de óleo. Em ambos os casos, recomenda-se a troca completa do óleo juntamente do filtro. Carros que utilizam óleo sintético devem fazer a troca a cada 10 mil km ou no máximo um ano, e carros que utilizam óleo mineral, 5 mil km ou de 6 meses a um ano.
O sistema de arrefecimento, composto por reservatório e radiador, serve para refrigerar o motor. Em casos onde o sistema funciona com nível baixo, o motor esquenta mais do que deveria e temos o famoso caso do “carro que ferve”. Níveis altos de líquido, porém, sobrecarregam todo o sistema. Logo, o nível estabelecido pelo fabricante deve ser respeitado. A troca completa do fluido deve ser feita a cada 30 mil km.
Os freios demandam bastante atenção, por se tratarem de um item de segurança. Suas peças estão em constante atrito, pois as pastilhas pressionam o disco na ocasião da frenagem. O sistema é hidráulico, e o fluido de freio deve ser trocado a cada ano. Isso porque o componente absorve umidade e muda de viscosidade, perdendo eficiência na pressão que ele transfere do pedal para o sistema. Discos e pastilhas devem obedecer uma medida mínima. Se fora do padrão, devem ser substituídos.
Os pneus também são itens de segurança que devem obedecer a especificação do fabricante. Recomenda-se o rodízio a cada 10 mil km, além de inspeção, que pode ser feita visualmente. Rodar com pneus carecas é algo passível de multa, além de inseguro, pois podem estourar mais facilmente, além de serem menos eficazes em frenagens e menos aderentes à pista.
No mais, correias, velas, embreagem, filtros de combustível e de ar são itens a serem verificados a cada seis meses ou 10 mil km, pelo menos. O importante é evitar dores de cabeça e desperdício de dinheiro, que pode ser muito melhor aplicado na beleza do seu carro, seja em uma lavagem caprichada ou em um tapete automotivo novinho.