Financiamentos ainda movimentam bilhões: veja as diferenças de cada um

Ao todo, o Brasil possui quatro modalidades, com regras específicas

Apesar de ser uma modalidade de pagamento antiga, o financiamento ainda segue movimentando uma alta quantia na economia brasileira. Só no ano passado, o crédito imobiliário finalizou com R$ 251 bilhões em concessões. Isso representa uma alta de 4%, em comparação com 2022.

Os resultados traduzem o que a população pensa e utiliza: o financiamento segue como uma das melhores opções para conseguir comprar um imóvel. Mas o que muitos podem não saber é que existem quatro modalidades disponíveis aos consumidores, e cada uma tem sua distinção. Ou seja, existem algumas diferenças que as pessoas precisam saber, principalmente se estão pensando em adquirir um bem.

SFH (Sistema Financeiro de Habitação)

Talvez, essa seja a mais popular entre os quatro tipos de financiamento. Uma grande vantagem, nesse caso, é que as pessoas podem utilizar recursos que estejam no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Um detalhe é que normalmente as instituições estabelecem taxas máximas de juros que vão ser cobradas ao longo de cada parcela. Ou seja, o comprador terá um teto máximo referente ao valor do imóvel para que ele não comprometa a renda por completo.

Além disso, parte do imóvel deve ser paga na entrada. Isto é, no mínimo 20%. Então, se uma pessoa vai comprar um apartamento de R$ 200 mil, precisa pagar obrigatoriamente R$ 40 mil de entrada. Mas isso pode aumentar, dependendo da análise de crédito de cada um.

Financiamento com a construtora

Financiar direto com a construtora é uma ótima opção para quem não tem quantia para dar de entrada. Então, o banco financia 80% do imóvel e a construtora financia os outros 20%.

Um detalhe importante envolve a correção pelo Índice de Custo da Construção (INCC). Isso significa que, durante as obras, o comprador precisa pagar taxas adicionais.

Programas habitacionais

Aqui entra também um grande facilitador, principalmente para as pessoas que recebem menos. Atualmente, o programa que está em vigor é o Minha Casa, Minha Vida.

Existem algumas regras, mas basicamente o comprador pode adquirir qualquer imóvel financiado que tenha valor de até R$ 350 mil. Mas a renda não pode ultrapassar R$ 8 mil ao mês. Neste caso, o programa dá descontos em taxas e em documentos.

Consórcio

O consórcio tem um funcionamento um pouco diferente das outras modalidades. Enquanto muitos compram um apartamento à venda e já pegam as chaves do imóvel, o consórcio tem outra forma de aquisição.

Ao longo dos meses, parcelas são pagas pelo interessado. A cada mês, acontece uma espécie de leilão, e cada pessoa dá um lance de valor específico. Quem der o maior lance leva a carta de consórcio, que pode ser usada para adquirir o imóvel.

Neste caso, o processo gera menos juros, mas os valores dos lances são confidenciais. Ou seja, o comprador só saberá o resultado depois que fizer a proposta.

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