Aposentadoria rural: saiba o que é e quais são os requisitos para solicitar

INSS garante aposentadoria híbrida por idade e tempo de contribuição a trabalhadores rurais, pescadores e garimpeiros, com requisitos específicos em cada modalidade 

Um dos modelos de aposentadoria que desperta dúvidas é o rural. Esse benefício, como o próprio nome diz, é destinado a trabalhadores rurais, pescadores, artesãos e garimpeiros. Diferentemente do trabalho urbano, as atividades no campo enfrentam jornadas com condições climáticas rigorosas de frio e calor, contato direto com agrotóxicos e estão mais propensas a acidentes. Por isso, as características da aposentadoria são mais específicas.

É verdade que a reforma da previdência de 2019 trouxe mudanças nas regras gerais da aposentadoria, mas os direitos do trabalhador rural estão garantidos com o acesso a diferentes modalidades do benefício pelo INSS. Por exemplo, aposentadoria rural por idade, por tempo de contribuição e aposentadoria híbrida. 

A legislação previdenciária divide estes trabalhadores em 4 grupos: segurado empregado, ou seja, aquele que exerce a função com vínculo empregatício. O trabalhador avulso é a prestação de serviços para diversos produtores rurais em atividades específicas, por intermediação de um gestor de mão de obra ou sindicato.

O contribuinte individual é aquele trabalhador que exerce a sua atividade rural por conta própria, de forma autônoma, sem qualquer vínculo de pessoa jurídica ou física. No último grupo, segurado especial, são pessoas físicas residentes em um imóvel rural que exercem seringa ou extrativismo vegetal, pesca artesanal ou assemelhada. 

Tipos de aposentadoria

A aposentadoria mais comum entre os trabalhadores rurais é por idade. Nessa modalidade, o trabalhador rural aposenta-se mais cedo que o urbano, e precisa cumprir o requisito mínimo de idade e mais o tempo de carência. A idade mínima para homens é de 60 anos; para mulheres, é de 55 anos. O tempo de carência é o mesmo para os dois sexos: 180 meses, e também é necessário estar trabalhando no campo quando solicitar o benefício. 

No caso do trabalhador que passou uma parte da vida em atividades urbanas e depois no campo, ou vice-versa, é a aposentadoria híbrida que se encaixa. A idade mínima para esse tipo de aposentadoria é a mesma designada aos trabalhadores urbanos, ou seja, 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com 15 anos de contribuição para os dois. 

O tempo de contribuição também pode ser utilizado para se aposentar. Em decorrência da reforma, essa modalidade está extinta para quem começou a contribuir após 13 de novembro de 2019. Para os demais, ainda existem regras que permitem a aposentadoria por tempo de contribuição. É necessário ter 35 anos de contribuição para homens, e mulheres precisam ter 30 anos de contribuição. 

É importante ressaltar que, mesmo sem contribuição ao INSS antes de 31 de outubro de 1991, o trabalhador que comprovar o exercício das atividades rurais antes dessa data terá o tempo de trabalho validado pela contribuição. 

Entenda o processo para investir em um fundo previdenciário

Créditos: iStock

Modalidade é ótima opção para melhorar a aposentadoria no futuro

Quem não pretende equilibrar as finanças para conseguir poupar e ter uma boa aposentadoria no futuro? Esse é um desejo da maioria das pessoas. E cada um utiliza os melhores mecanismos que se enquadram na própria realidade. Mas, no fim das contas, uma coisa é quase unanimidade: não dá para depender apenas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Isso porque em algumas situações o valor oferecido para aposentadoria é muito menor do que o beneficiário quer ou necessita. Para se ter uma ideia, cerca de 20 milhões de aposentados recebem o mínimo, que atualmente está em R$ 1.320. Por isso, muitos preferem fazer o próprio investimento para ter um salário melhor no futuro.

De acordo com dados identificados pelo Estudo de Investidores Globais de 2020, investir em previdência é a segunda prioridade dos brasileiros no mercado financeiro. O motivo se dá por gerar uma situação econômica mais confortável. Por isso, o assunto de hoje é: fundo previdenciário.

O que é o fundo previdenciário?

De forma resumida, esta é uma aplicação financeira realizada por determinada pessoa que pretende ter retornos em longo prazo. O objetivo é sempre complementar a renda oferecida pelo INSS, que não tende a ser muito alta, como citado acima.

Um brasileiro que pretende fazer esse investimento aplica uma determinada quantia juntamente de outras pessoas. A partir daí, tem uma empresa que faz o intermédio da aplicação. Ela se torna responsável por fazer a gestão dos recursos e escolhe qual será o tipo de investimento a ser realizado.

Quando chega o grande momento da aposentadoria, cada um dos consumidores recebe o valor que disponibilizou, mais a rentabilidade gerada com a variação dos ativos da carteira. Mas é preciso entender como funcionam os tipos de aplicação e os riscos que cada um corre ao escolher determinada empresa para representá-lo.

Diferenças entre os fundos

Existem alguns ativos que podem ser comprados nos fundos de investimentos. Entre os principais, está a renda fixa. Ela é recomendada para quem tem perfil mais moderado, já que oferece menos riscos aos investidores. No entanto, ela costuma ser menos rentável. Há possibilidade de direcionar recursos para títulos públicos ou para créditos privados.

Para ter uma maior variação na carteira dos ativos, o multimercados é uma ótima opção. Isso porque há investimentos em rendas fixas e rendas variáveis. Não existe uma definição para seguir uma modalidade específica. Tudo será definido pelo gestor, que vai decidir a partir dos desenvolvimentos econômicos e das mudanças políticas de cada empresa. A classificação acontece da seguinte maneira:

  • Dinâmico – O objetivo é ter um retorno em longo prazo, independentemente da classe dos ativos. Não se compromete com nenhum tipo de investimento.
  • Balanceados – Nesse caso, uma estratégia é predeterminada. Mas há uma previsão que pode variar de acordo com as circunstâncias. Um cenário que tenta se prevenir ao máximo.
  • Macro – Os gestores utilizam como base índices econômicos que vão acompanhar o desenvolvimento em curto e médio prazo dos ativos. A partir disso, eles escolhem qual caminho deverá ser seguido.
  • Long and Short – Investimentos variáveis são os mais escolhidos, principalmente as ações. A compra e venda dos papéis acontece assim que uma oportunidade é vista para ter lucros durante a movimentação do mercado.
  • Juros e Moedas – Já nessa modalidade a ideia é ter rentabilidade a partir das taxas de juros nacionais e moedas internacionais. O detalhe é que a variação cambial tem influência direta.

É importante destacar que as ações, dentro do fundo previdenciário, não são ofertadas a pessoas físicas. Quem pretende direcionar os recursos para essa opção precisa ter, no mínimo, 67% do capital investido nessas ações.

Importância de saber o perfil

Pode parecer clichê, mas é fundamental que cada investidor tenha plena consciência sobre os objetivos que pretende alcançar, seja em curto, médio ou longo prazo. Essa clareza vai fazer com que as metas sejam mais tangíveis, além de facilitar o trabalho feito pelas instituições financeiras. Não importa quando, mas o recomendado é que as pessoas procurem iniciar o fundo previdenciário o mais cedo possível. De início, será realizado um teste comportamental que irá definir se o perfil do futuro investidor é conservador, moderado ou agressivo. Isso, aliado a uma empresa de confiança, poderá gerar bons resultados no futuro e fazer com que a aposentadoria fique ainda melhor!

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