Por onde começar a educação financeira na adolescência? 

Incentivar o controle e a consciência sobre o uso do dinheiro desde cedo pode transformar a relação dos jovens com as finanças 

Falar sobre dinheiro ainda é tabu em diferentes ambientes, especificamente nos lares, o que pode dificultar a criação de um senso de responsabilidade financeira em jovens. E a educação financeira na vida dos adolescentes pode ajudá-los a criar uma base sólida para que desenvolvam uma relação saudável com o dinheiro.

Por que falar de educação financeira?

Além de aprender a economizar, a educação financeira trata de compreender o valor do dinheiro e saber administrá-lo, para facilitar os planejamentos futuros. 

“Quanto mais jovens somos, mais difícil é valorizar questões de longo prazo, como, por exemplo, a aposentadoria. Mas é importante mostrar que esses objetivos são tão relevantes quanto os de curto prazo”, comenta o especialista do BB Asset, Cauê Moura, em entrevista para o blog do Banco do Brasil. 

Assim, para adolescentes, que estão em uma fase de descobertas e ganhando mais independência, aprender sobre finanças é fundamental. É nesse momento que eles começam a lidar com mesadas, economias pessoais e até mesmo a ideia de ganhar dinheiro através de trabalhos temporários ou estágios. 

Como incentivar?

Mesmo podendo ter desafios, algumas estratégias ajudam a tornar o processo mais atraente e leve para os jovens.

Introduza conceitos básicos: para começar, mostre como funciona um orçamento, o que são juros e a importância de poupar para objetivos futuros;

A diferença entre “querer” e “precisar”: essa distinção pode ajudá-los a refletir antes de gastar e evita compras impulsivas;

Mesada com propósito: oferecer uma mesada regular, acompanhada de orientações sobre como usá-la, pode ajudar os adolescentes a entenderem a importância de organizar os gastos e priorizar as necessidades;

Dê o exemplo: demonstrar boas práticas financeiras no cotidiano, como economizar, realizar compras conscientes e evitar gastos desnecessários são algumas atividades que podem inspirar os adolescentes nesse momento de aprendizado. 

Dicas para incluir na educação financeira

Uma conta digital para menor de 18 anos é um exemplo de recurso que ajuda os adolescentes a desenvolver autonomia financeira. Essas contas, que são criadas especificamente para esse público, permitem que eles aprendam na prática a gerenciar o dinheiro, controlar gastos e economizar para determinados objetivos.

Com uma conta digital, é possível monitorar os gastos de forma simples, por meio de aplicativos, realizar transações e pagamentos, com a supervisão dos pais, e aprender sobre organização financeira no ambiente digital. Dessa forma, o adolescente já é inserido em um contexto real de gestão financeira, aproximando-o de conceitos de planejamento e responsabilidade.

O impacto no futuro

Incorporar a educação financeira na vida dos adolescentes é um investimento que traz benefícios em longo prazo. Jovens que crescem com noção de economia pessoal tendem a ser mais preparados para lidar com desafios financeiros, evitando dívidas e criando hábitos saudáveis.  

Assim, ao investir em educação financeira, pais e responsáveis ajudam a promover a autonomia dos jovens e contribuem para uma formação mais consciente, que os ajudará a construir um futuro financeiro mais sólido e equilibrado. 

Educação financeira: saiba quando é melhor pagar à vista ou parcelado

Pesquisa aponta pagamento parcelado como o favorito dos brasileiros; entenda quais são as principais vantagens 

Pagar à vista ou parcelado é a dúvida de muitas pessoas na hora das compras, pois as duas opções oferecem vantagens e desvantagens. A realidade é que não existe uma resposta definitiva, cada caso é único e precisa ser ponderado de forma individual, principalmente quando há dinheiro suficiente guardado. 

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em 2022, investigou o comportamento dos brasileiros relacionado ao parcelamento de compras, e registrou que 79% dos entrevistados costumam utilizar essa forma de pagamento. Foram ouvidas 642 pessoas das 27 capitais brasileiras. 

Com o pagamento à vista, o consumidor paga pelo produto de uma vez, reduzindo as chances de inadimplência; por outro lado, parcelar as compras permite comprar mais produtos com maior qualidade e pagar aos poucos. 

Para decidir a melhor forma de pagamento, é importante pensar em alguns fatores que podem orientar uma escolha assertiva. O valor da compra é, sem dúvidas, um dos pilares mais importantes – se o pagamento for à vista, é padrão que o estabelecimento ofereça um desconto. Caso o preço seja muito alto, talvez não haja possibilidade de comprar à vista, assim precisará recorrer ao parcelamento, inclusive já com opções de Pix e boleto parcelado. 

As parcelas também precisam estar alinhadas com a realidade, evitando perrengue todos os meses. Se, mesmo com o maior número de parcelas disponíveis, pesar no bolso, o melhor caminho será adiar a compra. Não é recomendado assumir um compromisso sem certeza de que conseguirá pagá-lo em dia, pois há grande risco de os juros comprometerem a saúde financeira do consumidor e a dívida sair do controle. 

Vantagens do pagamento à vista

O maior benefício do pagamento à vista é que você quita o valor total na hora da transição, ou seja, não há pendências financeiras para depois. Como mencionado anteriormente, reduz também o risco de inadimplência, já que é gasto apenas o dinheiro disponível, controlando melhor as dívidas de cartão de crédito, por exemplo. 

Com o dinheiro em mãos, a margem de negociação é maior. Geralmente, os descontos são maiores e o consumidor não paga por juros. Algumas características podem indicar quando essa é a melhor alternativa, como um bom planejamento financeiro e dinheiro suficiente para pagar em uma única vez, se a taxa de juros de parcelamento for alta e se o desconto for satisfatório. 

Vantagens do pagamento parcelado

A maior vantagem de pagar parcelado é que o consumidor não precisa do dinheiro no momento da transição, possibilita-se comprar no boleto parcelado ou cartão de crédito com pagamento apenas no futuro. Sendo assim, o pagamento parcelado permite antecipar a compra de um bem ou produto.

Se a compra for essencial e não houver quantia total disponível, se não houver ou se as taxas de juros para parcelamento forem baixas, ou na falta de desconto para o pagamento à vista, pode-se direcionar o pagamento a prazo como uma alternativa mais viável.

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