Um total de 1,9 milhão de brasileiros aplica em fundos imobiliários (FIIs), segundo dados da Bolsa de Valores (B3). A popularização desse tipo de investimento no país é justificada pela disseminação de informações sobre educação financeira, que tem conscientizado mais pessoas sobre a importância de investir, além de apresentar as vantagens de cada tipo de aplicação.
Os FIIs são uma oportunidade de investir em imóveis sem a necessidade de ter uma alta quantia em dinheiro disponível, como explica a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O investidor compra cotas do fundo que lhe garantem o direito de participação na aquisição e/ou exploração do imóvel.
A gestão do FII é responsável por direcionar os recursos captados para a compra de imóveis prontos ou títulos mobiliários. Também é possível utilizá-lo para investir em outro fundo. A informação sobre como será realizado o investimento deve ser dada previamente. Cabe ao investidor solicitar a lâmina do fundo — documento que oferece detalhes sobre a gestão, o desempenho e as taxas cobradas.
Quando o FII investe em um imóvel pronto, residencial ou comercial, é chamado de “fundo de tijolo”. A denominação “fundo de papel” é dada se os recursos forem usados para a compra de títulos mobiliários, como certificados de recebíveis imobiliários (CRI), letras de crédito imobiliário (LCI) e letras hipotecárias (LH). Já os fundos de fundos, conhecidos pela sigla FOFs, referem-se à opção de um FII investir em outro FII.
De acordo com as informações do mercado financeiro e de especialistas que atuam na área de finanças, os FIIs têm peculiaridades que asseguram vantagens aos investidores. Antes de começar a investir, é aconselhável conhecê-las. Em caso de dúvidas, também é possível optar por uma carteira recomendada de fundos imobiliários.
Baixo custo
Os valores das cotas dos fundos imobiliários variam. Levantamento realizado no dia 20 de dezembro junto aos dados do Clube FII mostra que os preços oscilavam entre R$ 0,01 e R$ 73 mil.
Apesar da variação, havia uma série de opções de baixo custo. Na data, as cotas de 43 fundos custavam até R$ 10. Por isso, esse tipo de investimento tem atraído também os pequenos investidores interessados no ramo imobiliário.
Segurança
Os FIIs são investimentos de renda variável, modalidade que pode oportunizar maior retorno financeiro ao investidor quando comparada com a renda fixa. Em contrapartida, também é mais arriscada.
No entanto, os FIIs são considerados os investimentos mais seguros dentro da modalidade. Diferentemente de ações e criptomoedas, que têm maior volatilidade, eles são “mais estáveis”.
Por conta dessa característica, a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) recomenda os FIIs para investidores iniciantes que desejam ingressar na renda variável.
Administração profissional
Todo fundo imobiliário conta com uma administração profissional, outro aspecto que favorece os investidores inexperientes, mas interessados em investir na renda variável. O gestor do fundo é responsável por realizar a análise econômica, a estratégia e a tomada de decisões.
Investimento democrático
Na avaliação da Anbima, outra vantagem é que os FIIs permitem democratizar o investimento em imóveis. Antes restrito aos grandes investidores, os fundos abriram espaço para que os pequenos e os iniciantes também pudessem ingressar no ramo.
Renda passiva
A expressão “renda passiva” é usada para referir-se aos valores recebidos de forma independente da força de trabalho. Há FIIs que pagam proventos periódicos aos investidores.
Segundo a legislação, o fundo precisa distribuir pelo menos 95% dos lucros auferidos aos proprietários das cotas. O dinheiro deve ser depositado em conta.
A orientação de especialistas do mercado financeiro é reinvestir o valor recebido até alcançar uma renda passiva que garanta mais tranquilidade financeira.