O Lego é um brinquedo que nunca sai de moda e conquista as mais variadas gerações. Seu funcionamento não tem muito segredo, afinal, o objetivo da brincadeira é montar as peças de Lego, transformando em algo imaginado pela criança.
O brinquedo não é novidade, mas se reinventou ao longo dos anos. Seu surgimento data de 1930, na cidade de Billund, na Dinamarca, quando um carpinteiro precisou se reinventar após a Grande Depressão, uma crise econômica que atingiu o mundo todo.
Brinquedos de madeira
Inicialmente Ole Kirk Christiansen focou na produção de brinquedos de madeira e contou com a ajuda de seu filho de 12 anos, Godtfred, para fundar a empresa. A escolha do nome Lego, que inicialmente nada tinha a ver com os blocos de encaixar conhecidos hoje, significava algo como “brincar bem”.
Após encontrar um brinquedo semelhante, ele começa a produção dos blocos de encaixar com madeira envernizada. No entanto, no começo da década de 1940, o uso de plástico passou a ser mais popular e em 1947 Ole decide usar o material para construir seus brinquedos, deixando de lado a madeira.
Brinquedo em formato de tijolo
O criador do Lego encontrou um brinquedo diferente, em formato de tijolo e que podia se encaixar e desencaixar. Ele gostou da ideia e resolveu trazer para sua empresa.
Assim nasciam, os primeiros blocos de encaixe da marca, chamados de tijolos Lego. Em 1954, o filho de Ole assume a gestão da empresa e determina algumas regras que devem ser cumpridas pelo brinquedo: estímulo à criatividade, imaginação e contribuição para o desenvolvimento da criança, além de segurança e qualidade.
Em 1958 os tijolos Lego foram patenteados e ganharam em sua base o sistema de tubos conhecido hoje como garanhões, permitindo o encaixe das peças e a criação de diversas brincadeiras. Também na década de 1950 eles passaram a ser produzidos em plástico e não madeira.
Os homenzinhos de Lego
Inicialmente a brincadeira consistia em criar cidades e objetos usando as peças de Lego, porém, quanto mais popular o brinquedo se tornava, mais as crianças sentiam falta de algo a mais para dar vida ao jogo.
Foi em 1974 que a marca percebeu ser o momento ideal para trazer os homenzinhos de Lego para o jogo. Na época eles não tinham rostos nem braços, mas eram facilmente encaixados nos bloquinhos.
O Lego sempre se encaixa
Como o projeto foi patenteado em 1958, visando evitar cópias, as peças de Lego, independentemente do tamanho e de quando foram fabricadas, sempre vão se encaixar.
Com isso, os bloquinhos podem ser vistos como uma brincadeira passada de pais para filhos. Se você guardou seu Lego, saiba que seu filho pode brincar com ele e misturar com as peças mais recentes.
A quase falência
Em meados da década de 1990, quase nos anos 2000, com a chegada dos computadores e da tecnologia, a Lego fez uma manobra arriscada. Fugiu um pouco do seu propósito dos blocos montáveis e investiu pesado em brinquedos pré-montados.
A ideia, na época, era competir com os videogames e novidades que chegavam para o público infantil. Essa mudança, porém, não foi bem recebida e em 2003, sob o comando de Jorgen Vig Knudstorp, a marca voltou a focar nos tijolos de Lego, saindo da beira da falência e quintuplicando sua receita.
Hoje, com quase 100 anos de existência, a Lego é uma das marcas de brinquedos mais poderosas do mundo, com aproximadamente 400 bilhões de pecinhas diferentes já produzidas e parcerias de peso com marcas como Harry Potter, Bob Esponja e até com o Batman.
Você certamente já conheceu as peças de Lego e já brincou com elas, mas imaginava que essa fosse sua origem? Quem diria que tudo começou com um carpinteiro disposto a inovar! Uma prova de que momentos de crise são ótimos para o surgimento de novas ideias.