Interesse de brasileiros por home office em empresas internacionais aumenta, aponta estudo

A comodidade de atuar em casa e a possibilidade de fazer isso para empresas estrangeiras, sem sair do território brasileiro, tem sido uma tendência marcante no mercado de trabalho contemporâneo

Um recente estudo, intitulado “Futuro do trabalho: onde estamos e para onde vamos”, conduzido pela plataforma de inteligência Futuros Possíveis, em colaboração com o Grupo Boticário, revelou um aumento notável no interesse dos brasileiros em trabalhar remotamente para empresas internacionais. 

Os dados apontam que 78% dos entrevistados expressaram o desejo em oportunidades de home office oferecidas por empregadores estrangeiros, representando um crescimento significativo, em comparação ao ano anterior, com uma diferença de 8 pontos percentuais.

As áreas mais procuradas pelos profissionais são a de tecnologia, marketing, design, comunicação, desenvolvimento de aplicativos e softwares. Segundo a pesquisa, a remuneração de brasileiros que atuam em empresas estrangeiras representa uma média de US$ 2.600, o que corresponde a R$ 13.200 na cotação atual do dólar. Mas isso pode variar conforme a área, o cargo e o nível de experiência.

Essa possibilidade de profissionais trabalharem em organizações multinacionais estrangeiras é chamada de “fuga de cérebros do Brasil”.

O panorama do home office no mercado de trabalho atual

De acordo com uma pesquisa feita pela Bare International, 38% dos entrevistados atuam no regime home office. Entre eles, 70% ressaltaram que não gostariam de retornar ao modelo presencial.

Aos que se questionam sobre a efetividade do home office, o relatório “Pulse of the Profession 2024”, desenvolvido pelo Project Management Institute (PMI), demonstrou que a modalidade remota não prejudica a eficiência no trabalho. O estudo comprovou que 73,2% dos trabalhadores são mais habilidosos no modelo remoto, já o regime híbrido apresentou um índice de 73,4%.

Outro levantamento, desta vez realizado pela FGV, avaliou a produtividade dos profissionais entre 2021 e 2022. No primeiro ano, 21,6% das empresas que adotaram a atuação remota constataram um aumento na produtividade dos colaboradores. Já em 2022 esse número ampliou para 30%, o que corresponde a uma alta de 8 pontos percentuais.

As vantagens do home office

O interesse crescente pelo home office não é surpreendente, dado os diversos benefícios que essa modalidade de trabalho oferece. 

Para os trabalhadores, a possibilidade de trabalhar de casa proporciona maior autonomia, flexibilidade de horários e redução do tempo gasto em deslocamentos. Além disso, permite um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

Como foi demonstrado, trabalhar em casa pode aumentar a produtividade, pois oferece um ambiente mais tranquilo e menos interrupções – basta investir em uma infraestrutura adequada, como uma cadeira ergonômica, equipamentos avançados, uma escrivaninha para o escritório, entre outros itens.

Já para as empresas o home office pode resultar em redução de custos operacionais, aumento da satisfação dos funcionários e acesso a um número mais amplo de talentos.

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