Formas de investir no mundo virtual

Metaverso: veja três formas de investir no mundo virtual

Diferentes negócios em plataformas digitais que replicam a realidade podem transformar a vida de pessoas e empresas

Desenvolvido intensamente nos últimos anos, o metaverso ganha cada vez mais força em diversos setores da vida moderna e leva muitas pessoas a querer saber como investir nele. Ganhar dinheiro na internet não é nenhum fato inédito, porém existem diferentes maneiras de tocar negócios neste enorme mundo virtual.

Essa busca por investimentos para faturar no ambiente cibernético cresceu significativamente desde que Mark Zuckerberg, criador do Facebook, maior empresa de redes sociais do planeta, anunciou a mudança do nome corporativo de seu grupo para Meta – conglomerado norte-americano que controla o WhatsApp e o Instagram.

Segundo a consultoria global Accenture, o metaverso é o termo que indica um mundo virtual que tenta replicar a realidade por dispositivos digitais. Basicamente, é a ponte entre o mundo físico e o digital, que traz modelos de negócio virtualmente aperfeiçoados para transformar a vida de pessoas e empresas. Ele envolve o aprofundamento de vivências em jogos eletrônicos, como o Second Life e o The Sims, por exemplo.

Ainda que a ideia tenha sido formulada para criar uma realidade aumentada, especialistas concordam que é pouco provável que uma única empresa possa construir e manter este ambiente cibernético compartilhado, considerando experiências imersivas vindas de sensações intermediadas pela tecnologia.

Baseado na realidade aumentada, esse conjunto precisará de muitos recursos, tempo e colaboração de corporações de diferentes segmentos para criar oportunidades e desenvolver a economia, por meio de bens e serviços que ainda não existem.

Terrenos virtuais

O metaverso funciona de diversas maneiras e tem inúmeras aplicações e possibilidades de ganhar dinheiro, entre elas os terrenos virtuais – “pedaços de terra” da internet que funcionam como propriedades do universo físico. Essas partes de solo virtual estão em plataformas que conversam com o ciberespaço, como a Decentraland (MANA) e o The Sandbox (SAND), que ficam dispostos em mapas digitais, divididos em lotes.

Dentro dessas plataformas, que possuem muitos conceitos originários do mundo real, os usuários podem fazer transações e comprar espaços virtuais. Trata-se de um ambiente pautado por moedas digitais, no qual é possível visitar imóveis, interagir com avatares (representações de pessoas online) e adquirir propriedades para investimento.

Um caso típico dessa forma de investir foi a compra pelo Metaverse Group, empresa imobiliária do metaverso, de um conjunto de centenas de lotes, para sediar eventos da semana de moda virtual, a Fashion Street Estate, em parceria com a Miami Fashion Week, além de vender roupas aos avatares, segundo o blog EuQueroInvestir.

Criptomoedas

As transações financeiras fazem parte do metaverso, que conta com diferentes moedas digitais que podem ser usadas – as famosas criptomoedas, como é o caso da Bitcoin, (BTC), Ethereum (ETH), Tether (USDT) e Binance Coin (BNB), por exemplo. Qualquer compra ou venda nesse universo depende delas.

Além das redes de criptoativos principais (MANA e SAND, citados anteriormente), a criptomoeda Enjin Coin (ENJ) é uma forma diferente de investimento, pois pertence a um sistema focado no desenvolvimento de jogos e ambientes compartilhados, fazendo com que outros projetos também procurem essa rede. Em uma parceria oficial com a Microsoft, a criptomoeda foi destaque total nos negócios em 2021.

Hoje, há vários ativos relacionados a projetos de ambientes integrados que já estão operando. Algumas empresas multinacionais, como adidas e Samsung, possuem terrenos em The Sandbox (SAND), por exemplo, todos adquiridos por meio de criptomoedas. Outra que ganhou notabilidade nos últimos anos é a moeda usada no jogo Axie Infinity, de acordo com a plataforma de investimentos Coinext. 

Ações

Também é possível investir no metaverso comprando ações de empresas de tecnologia envolvidas em projetos desse universo, por meio das bolsas de valores. A própria Meta, por exemplo, tem seu certificado sendo negociado sob o código FBOK34 na bolsa brasileira, a B3. Mais de 20% do trabalho da empresa se concentra nesta atividade.

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