Matrículas na educação especial ultrapassam 1,7 milhão no Brasil, mostra Censo 

Número crescente de alunos reforça a necessidade de investimentos na infraestrutura das escolas e na qualificação de educadores

A inclusão de crianças com necessidades especiais em escolas brasileiras é um desafio evidente. Segundo o Censo Escolar 2023, mais de 1,7 milhão de matrículas foram registradas na educação especial, com a maior concentração no ensino fundamental. Entre os alunos, a maioria possui deficiência intelectual (53,7%) e Transtorno do Espectro do Autismo (35,9%), enquanto os demais apresentam outras deficiências, como física, auditiva e visual.

Os dados sublinham a importância de políticas públicas e investimentos em formação continuada para os profissionais da educação. A capacitação adequada é essencial para que os educadores possam enfrentar os desafios da inclusão e proporcionar um ensino de qualidade que atenda às necessidades específicas de cada aluno.

Adaptação do ambiente escolar é o primeiro passo para inclusão 

A preparação do ambiente escolar envolve tanto adaptações físicas, como rampas e banheiros acessíveis, quanto a disponibilização de materiais didáticos adaptados. Educadores também devem ser treinados para utilizar recursos como livros em braile, tecnologias assistivas e métodos de comunicação alternativa para atender às diferentes necessidades dos alunos.

Além disso, estabelecer um ambiente acolhedor e empático é crucial para a inclusão efetiva. A promoção de uma cultura de respeito entre os alunos pode ser concretizada por meio de atividades de sensibilização e campanhas de conscientização sobre as diferentes deficiências. Essas iniciativas ajudam a fomentar um clima escolar mais inclusivo, em que todos os alunos se sentem valorizados e apoiados.

Educação inclusiva também exige formação especializada

A capacitação dos educadores é um dos pilares da educação inclusiva. É crucial que os professores possuam conhecimento e habilidades específicas para lidar com as necessidades especiais dos alunos. Por isso, durante a faculdade de pedagogia, futuros profissionais devem receber uma formação robusta que inclua disciplinas focadas na educação inclusiva.

Essa preparação acadêmica é essencial para que os docentes possam implementar métodos pedagógicos eficazes, adaptando o currículo e as abordagens educativas. Diversas estratégias podem ser adotadas para promover a inclusão, como o uso de planos educacionais individualizados (PEI), que permitem que o ensino seja adaptado às habilidades e necessidades de cada aluno. 

A inclusão de crianças com necessidades especiais no ambiente escolar é um compromisso contínuo que requer adaptação, formação e métodos pedagógicos específicos. Com a implementação de práticas comprovadas e a preparação adequada dos educadores, é possível criar um ambiente escolar inclusivo e acolhedor para todos os alunos.

Conheça mais sobre o tiro olímpico, modalidade presente em Paris 2024

Modalidade que só esteve fora de duas edições dos jogos modernos, exige muita preparo físico, mental e emocional

Uma das modalidades esportivas mais tradicionais das Olimpíadas, presente desde a primeira edição dos jogos modernos — que ocorreu na Grécia em 1896 —, o tiro esportivo é um esporte que consiste em disparar com pistolas e carabinas em diferentes alvos e também em diferentes posições e distâncias. O Brasil fez sua estreia na modalidade em 1920, onde ganhou seu primeiro ouro olímpico na história dos jogos.

Uma breve história do tiro ao alvo

As primeiras aparições do tiro ao alvo como esporte surgiram antes dos jogos olímpicos, ainda no século XIII, e geralmente utilizavam pássaros ou outros animais como objetos a serem acertados. Espécies de pombos chegaram à quase extinção nos Estados Unidos, o que motivou a criação dos pratos de argila, por exemplo.  Com o tempo, clubes de tiro foram sendo organizados e o esporte foi evoluindo e ganhando regras.

O que é o tiro esportivo?

Em linhas gerais, o esporte consiste em disparar utilizando uma ou duas mãos, a depender do tamanho da arma, se pistola ou carabina, contra alvos móveis ou fixos. O esporte exige concentração, equilíbrio e ótimos reflexos. Não raro, muitos atletas usam técnicas avançadas de relaxamento a fim de baixar os batimentos cardíacos para conseguir uma maior precisão no disparo, entre as diferentes modalidades a mais conhecida é, certamente, o tiro ao prato.

Regras e modalidades do tiro esportivo

Esta modalidade é disputada tanto por homens como por mulheres, com diferenças no número de pratos para cada um. Há dois tipos de “campo” para o tiro ao prato: o skeet e o tipo fossa olímpica. Na skeet, lança-se os pratos de forma separada ou conjunta, e o atirador deve atingir o maior número de pratos possível. Já nas provas de fossa olímpica, o atleta tem apenas dois tiros e acertar pelo menos um dos pratos. O tamanho dos campos também muda.

As outras modalidades consistem em carabina de ar para homens e mulheres, cujo alvo está a 10 metros de distância; carabina em três posições para homens e mulheres, com alvo a 50 metros; carabina deitado masculino, com alvo a 50 metros; pistola de ar misto, com alvos a 10 metros; pistola feminino de 25 metros e masculino de 50 metros e pistola de tiro rápido masculino, com alvo a 25 metros.

O Brasil nas Olimpíadas

Para as Olimpíadas de Paris, serão 240 atletas divididos igualmente entre homens e mulheres. O Brasil já tem classificados: Philipe Chateaubrian, na pistola de ar 10 metros, Georgia Furquim, no skeet feminino, e Geovana Meyer, na carabina em três posições 50 metros feminina. Contudo, cabe ao Comitê Olímpico Brasileiro escolher quem representará o país na competição, uma vez que a vaga é do país e não do atleta.

Necessidade de um bom preparo físico

James Lowry Neto, diretor técnico do Comitê Olímpico do Brasil nas provas de carabina e pistola olímpicas, enfatiza a necessidade de um bom preparo mental e físico: “O atleta de alto nível consegue chegar a 60 batimentos por segundo na hora do disparo. Se não tiver um bom condicionamento físico, ele não consegue controlar o batimento, além do desgaste físico que vem depois. […] Um atleta chega a atirar cerca de 180 vezes em 5 horas”.

O esporte ainda esbarra em barreiras para sua popularização

Em entrevista à secretaria do esporte do Paraná, Lowry Neto afirma que é possível começar a  praticar com carabina de pressão, como a espingarda de pressão 5.5 rossi, o que facilita o início, embora não seja um esporte barato. “Uma latinha de 500 munições custa 80 reais, mas um atleta de ponta dá 200 tiros por dia”, completa. 

Roupas especiais são necessárias para execução dos tiros, além de óculos especiais e protetor de ouvido. Além disso, a instrução de profissionais qualificados e um local correto de prática são necessários. No mais, conhecimento e respeito à legislação é fundamental, uma vez que toda a logística de armas e munições dos atletas de tiro é controlada pelo exército brasileiro e a obtenção de um Certificado de Registro para atirador esportivo é necessária.

Aniversário de 15 anos: como escolher o cardápio ideal para uma festa dos sonhos?

Cardápios variados como bufê à inglesa, americano, franco-americano e aperitivos sofisticados oferecem opções para todos os gostos e estilos de festa

Debutar é um momento mágico e único. Essa tradição teve origem na Europa, no século XVI, quando os nobres apresentavam suas filhas à sociedade, como uma moça que já estava pronta para o casamento. No Brasil, a festa de 15 anos se popularizou nas décadas dos anos 50 e 60, principalmente entre as classes média e alta. 

Hoje em dia, são comemorações modernas e personalizadas, para celebrar a vida com amigos e familiares. Os elementos clássicos, como a valsa com o pai e a troca de vestido, por exemplo, ainda são frequentes, porém reinventados, conforme as preferências da aniversariante e o estilo da festa, que exige planejamento para garantir todos os detalhes perfeitos.

Na hora de escolher o cardápio, é importante considerar o estilo da festa, a quantidade de convidados e as preferências alimentares, incluindo pratos quentes e frios, saladas, sobremesas e opções vegetarianas e veganas. Sem esquecer de bebidas, água, sucos, refrigerantes, drinks alcoólicos e não alcoólicos, para prevenir o consumo por menores de idade. 

São diversas as possibilidades de cardápio para aniversários de 15 anos, inclusive com serviço de bufê customizado, no qual todos os pratos são escolhidos pelo contratante. Existem três modalidades diferentes:

  • Bufê à inglesa: os garçons entregam os pratos montados individualmente na mesa, com apresentação elegante e controle de porções. Há tempo de espera entre entrada, prato principal e sobremesa.
  • Bufê americano: é mais prático para os convidados pela comida disposta em ilhas gastronômicas, que podem servir-se à vontade. Há maior variedade de opções, como carnes, massas, saladas, sobremesas e ainda mesas temáticas, com gastronomia japonesa, mexicana e francesa, por exemplo.
  • Bufê franco-americano: bastante próximo ao bufê americano, é também muito usado no Brasil. Nessa categoria, o convidado também tem liberdade de comer no momento em que deseja. A diferença é que as entradas, bebidas e sobremesas são servidas nas mesas pelos garçons.

Já os finger food são aperitivos para serem consumidos com as mãos, como croquete de carne, pequenos sanduíches sofisticados, espetinhos e outros tipos de canapés. Recomenda-se que seja complementar aos pratos, abrindo o apetite dos convidados na recepção do aniversário. 

E uma última sugestão, inovando o cardápio da festa, são os lanches da madrugada, para manter a energia e o astral lá em cima, com alternativas rápidas e práticas, como: carrinho de sorvete, mesa de frutas e bar de pipoca com diferentes sabores – o mais sensato é que seja uma refeição mais leve.

Qual é a explicação para a recomendação de comer de três em três horas?

Prática é recomendada por nutricionistas e estimula diversas pesquisas online

O famoso conselho de comer de três em três horas para manter uma alimentação equilibrada é repassado sem mesmo que algumas pessoas saibam sua origem ou os fatos que levaram a esse aprendizado. Por causa dessa origem desconhecida, são feitos questionamentos ao Google como: “comer de 3 em 3 horas é mito?”.

Outras buscas revelam que até mesmo os objetivos desse modo de alimentação não são tão evidentes quanto parecem. As pesquisas no site revelam que muitas pessoas querem saber se o hábito engorda, emagrece, acelera o metabolismo, faz ganhar massa muscular ou quantos quilos a prática leva a perder por semana.

Diante das dúvidas, é importante destacar porque esse hábito é importante para uma alimentação equilibrada. Dessa forma, é possível dar o conselho completo ao recomendar essa conduta.

Por que comer de três em três horas?

Essa prática está associada ao controle da saciedade, pois faz com que a pessoa saiba exatamente quando está comendo por necessidade ou se essa fome está associada a outros sentimentos, como estresse ou ansiedade. Esse controle, no entanto, só começa a ocorrer em longo prazo, ou seja, após um bom tempo de prática. 

Nutricionistas apontam que essa periodicidade na alimentação ativa uma série de reações químicas no organismo que estabilizam o nível de glicose e insulina e resultam também na queima de gordura. 

Passar mais tempo sem comer não seria recomendado, mesmo sendo tempo suficiente para que essas reações ocorram, até porque essas atividades consomem gordura e energia, e, na falta desses elementos, podem consumir massa muscular. Esse longo tempo sem alimentação também pode aumentar o apetite, provocando descontrole na próxima refeição. 

Quando as refeições são fracionadas, a saciedade é prolongada, diminuindo a procura por petiscos entre as refeições. 

Além disso, o cálculo de refeições a cada três horas é feito por nutricionistas levando em conta as oito horas de sono recomendadas. O restante do tempo que sobra é dividido, e inclui uma média de cinco refeições. 

É importante, porém, buscar um nutricionista para verificar essa periodicidade e também os alimentos mais adequados. Essas práticas alimentares podem precisar variar conforme peso, idade, sexo, taxas hormonais e problemas de saúde, por exemplo. 

O que comer a cada três horas?

O tempo da refeição é um fator importante para uma alimentação adequada, mas essa prática pode não fazer diferença se a escolha dos alimentos não for responsável. Alimentos adequados devem ser escolhidos principalmente para as três principais refeições: café da manhã, almoço e jantar. 

Nessas refeições, é necessário consumir alimentos ricos em proteínas ou gorduras de boa qualidade encontrados no leite, castanhas, feijões, azeites e carnes. Essas substâncias estimulam a saciedade. Para os lanches, uma boa opção é comer uma barra de proteína, que ajuda também a manter a massa muscular, principalmente para quem tem uma rotina de exercícios. 

O que deve ser evitado são alimentos com muitas calorias ou alto teor de gorduras, em especial as saturadas. Esses hábitos podem prejudicar ainda mais uma alimentação equilibrada se ocorrerem junto do não consumo de frutas, verduras e legumes. 

Entenda o que é a geração distribuída e suas modalidades

Tipo de geração que mais cresce no Brasil, a geração distribuída é aquela feita para consumo local e se divide em quatro grandes tipos

A geração de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas instaladas em residências, prédios comerciais e plantas industriais tem crescido de maneira contínua. O último levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a Absolar, aponta para uma geração de 29 GW na modalidade de geração distribuída, ou GD, aquela cuja captação serve para o próprio consumo.

Redução nos custos impulsiona a geração distribuída

No Brasil, são ao todo mais de 3,5 milhões de unidades beneficiadas com a geração distribuída, sendo que boa parte do aumento na adesão à produção própria aconteceu pelo barateamento da matéria-prima utilizada na fabricação do painel solar. Além disso, o retorno rápido sobre o investimento e o barateamento da conta de luz são fatores muito importantes para o avanço rápido deste modal energético.

Os benefícios da geração distribuída

A geração distribuída tem um papel fundamental dentro do cenário do setor energético. A independência das grandes usinas de geração, ou seja, a oposição ao modelo de geração centralizada – seja ela hidrelétrica ou mesmo solar -, faz dela mais sustentável, mais eficiente e também autossuficiente. A prescindibilidade de linhas de transmissão é um bom exemplo disso. 

Entenda quais são as modalidades

A geração distribuída é dividida em quatro grandes tipos ou modalidades, diferentes entre si. Essa mudança veio após uma resolução da ANEEL, a Agência Nacional de Energia Elétrica, que só previa um tipo até 2015, a geração junto da carga. Em comum entre as modalidades, está apenas o fato de serem on-grid, isto é, o sistema fica ligado à rede da distribuidora local. 

Geração junto da carga é o tipo mais comum

A modalidade de geração junto da carga é a mais comum. Nela, o próprio consumidor opta por instalar seu micro (até 75 kW) ou minigerador (superior a 75 kW até 3 mW) em que fará o consumo. É o caso das placas solares instaladas nos telhados das residências, por exemplo. O sistema diminui as perdas, devido às longas distâncias de transmissão, além de ser sustentável.

Geração em um local diferente daquele do uso 

Outra modalidade é a de autoconsumo remoto. Nela, o gerador fica instalado não mais onde ocorre o consumo, mas em outro imóvel. Porém, ambos devem estar sob a mesma titularidade, ou seja, devem pertencer à mesma pessoa, seja ela física ou jurídica. Além disso, devem estar sob a área da mesma concessionária.

Geração compartilhada

Já a geração compartilhada permite que duas ou mais pessoas – também físicas ou jurídicas – se juntem e compartilhem de um mesmo sistema de geração de energia. Sistema utilizado principalmente nas fazendas solares, é permitido por meio de consórcio, cooperativa, condomínio civil voluntário ou outra forma de associação civil. É um esforço conjunto para obtenção de uma grande unidade geradora.

EMUC é mais utilizado em condomínios residenciais e shoppings

A última modalidade dentro do leque da geração distribuída é o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, ou EMUC. Nesta modalidade, várias unidades compartilham um sistema central, e é comumente utilizada em condomínios fechados, prédios comerciais e até shoppings. 

A geração distribuída é um grande avanço na utilização da energia solar no país e a que mais cresce. Somente no primeiro semestre de 2024 foram 6 GW acrescidos no país, frente a 2,9 GW da geração centralizada, sendo mais de 2 GW somente no consumo residencial. Para se beneficiar deste avanço, uma maneira fácil é através da energia solar por assinatura: nela, aproveita-se a energia produzida em excesso e que é repassada para a rede local.

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