Calor, lama, poeira, os miolos derretendo e o corpo sentido frio úmido e repentino que surge nas madrugadas nas estradas de ferro, de terra, planícies e desfiladeiros. Os competidores possuem a oportunidade de fazer travessia de cidades e pequenos vilarejos com contato direto com simplicidade. Mundo de sensações pode ser acionado no Rally de Sertões.
O evento é considerado grande lição, além de ser competição indicada apenas para motoristas com espírito de aventura. Competidores do mundo se reúnem nos sertões brasileiros no sentido de enfrentar realidade desconhecida, com paisagens naturais não vistas. De qualquer maneira, o próprio povo sertanejo entende que quanto mais dificuldade maior está no prazer de vencer.
Cenários e personagens entram em contraste. Imagine que as máquinas possantes com alta tecnologia estão nos caminhos nos quais inclusive os bois não passam por causa do excesso de dificuldades. As realidades se misturam de modo marcante. Veículos e motoristas ficam cobertos por poeiras que se misturam com a garra para chegar ao tipo do pódio.
Vale ressaltar que de acordo com grande parte dos corredores que realizaram a parceria a emoção não está concentrada apenas na corrida em si, como também no espírito acolhedor que é marca registrada do Rally. Aprendem o que Euclides da Cunha á rinha expressado na obra “Os Sertões”: “A região é, antes de tudo, um forte”.
História do Rally dos Sertões
Tudo começou com o Rally São Francisco no ano de 1991. O trajeto foi entre Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, até a região das praias de Maceió. Chico Morais organizou o evento. Considerada primeira competição rali para motos dentro do Brasil. No ano de 1992 não aconteceu outra edição.
Em 1993 aconteceu a primeira edição do Rally dos Sertões, com o início na cidade montanhosa de Campos do Jordão, interior de São Paulo, e final nas regiões arenosas de Natal. De acordo com o site oficial do evento tinham 34 pilotos inscritos para a mesma categoria de motos. Eles percorreram cerca de 3.500 quilômetros.
Na segunda edição a cidade de Natal permaneceu como destino final, evento realizado no ano de 1994. O percurso tinha 4,5 mil quilômetros e teve 44 inscritos nacionais e internacionais, momento no qual se início a fase internacional do Rally dos Sertões.
No ano de 1995 aconteceu a Terceira Edição do Rally. O ano foi considerado histórico levando em consideração as estrelas que participaram do evento, caso do italiano Edi Orioli, que conquistou a Dakar em 1996, Fernando Gil e Jordi Arcarons, ambos da Espanha. Interessante notar que foi na ocasião que estrearam os veículos 4X4 e ao mesmo tempo ampliar o leque de possibilidades da prova.
Ação Ambiental do Rally dos Sertões
A Ação Ambiental dos Rally é considerada como destaque no sentido de recolher o lixo que é gerado pelas provas ou mesmo nos acampamentos. A equipe precisa fazer a recolha dos vidros quebrados, pedaços de fibra, ferro, fibra ou mesmo derramamento de óleo.
Desde o ano de 2003 o grupo se prepara com equipamentos específicos para conter o óleo que é derramado na água ou na terra. O grupo utiliza absorvente industrial ecológico, composto de modo natural e com tecnologia de ponta a absorver os derivados de petróleo e materiais orgânicos.
Além de realizar a limpeza dos vestígios os veículos a equipe aposta em aumentar a responsabilidade e ecológica e consciência ambiental dos profissionais do evento e comunidades que participam do evento.
Ação Social do Rally dos Sertões
Outro aspecto sustentável no qual o evento está participante consiste em realizar atividades e programas levados por equipe de profissionais que são treinados e coordenados pela ONG Instituto Brasil Solidário.
O trabalho abrange satisfazer as necessidades locais dentro da área de alfabetização, meio ambiente, cultura, saúde e inclusão social. Projeto executado com respeito às vocações de comunidades que estimula o potencial dos habitantes e ao mesmo tempo promovendo desenvolvimento sustentável no campo territorial.
O site do Rally dos Sertões (https://sertoes.com) aponta que a ação que desenvolve possui título de maior iniciativa social entre instituições privadas ligadas ao esporte brasileiro. Há atendimentos médicos, material educativo, distribuição de toneladas, palestras e oficinas instrutivas.
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