Imagem: iStock – Marcada por pequenas propriedades rurais, o Distrito Federal visa se destacar no cenário nacional
O Brasil é um país da América do Sul que possui uma extensão territorial expressiva. Nesse sentido, possuindo uma dimensão continental, se constitui como o quinto maior país do mundo, ficando atrás somente da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.
No entanto, além da extensão territorial, como se localiza geograficamente em uma área favorável em relação à linha do Equador, o clima se diversifica conforme as regiões.
Em razão dessas características, o agronegócio instituiu-se como uma excelente alternativa econômica. No Sul, por exemplo, existe uma produção agrícola que se caracteriza pela expansão das grandes monoculturas de soja voltadas à exportação.
Já a região Sudeste é marcada pela produção de carne bovina e a cana-de-açúcar. O café, algodão, milho, amendoim, arroz, feijão, entre outros, também são produzidos na região.
Enquanto isso, o Nordeste é marcado pela presença da produção agrícola familiar. Isso quer dizer que a região possui outra lógica de produção, contrária, de certo modo, ao modelo convencional atrelado a tecnificação do campo.
Já o Centro-Oeste caracteriza-se pela produção de arroz, soja, milho, etc. A região Norte, por sua vez, está ligada à expansão da agricultura oriunda do Centro-Oeste e do Nordeste.
Mas como Brasília se enquadra nessa lógica?
É comum pensar que Brasília é somente o centro político e administrativo do território brasileiro. No entanto, ao contrário da crença popular, o Distrito Federal possui relevância para o agronegócio que perpassa sua construção simbólica em torno da política. Em síntese, a geografia de Brasília é propícia para tal conotação.
Pensando por uma perspectiva geomorfológica e climatológica, o Planalto Central é composto por um solo agricultável, fértil e um clima extremamente favorável para o cultivo de distintas culturas.
Isso ocorre em razão das estações do ano que sempre são bem definidas, além de possuir, também, disponibilidade hídrica para atividades voltadas à irrigação.
De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria Urban Systems, Brasília ocupa a quarta posição no ranking de melhores cidades para investir-se no agro. Conforme os dados disponibilizados, Brasília conseguiu levantar 4,5 bilhões de reais somente no ano de 2021.
Ao que tudo indica, o setor com maior índice de crescimento no Distrito Federal está atrelado à produção de culturas como a soja, o milho, o feno, o feijão, entre outros.
Vale a pena investir no agro em Brasília?
Embora o Distrito Federal não seja marcado por extensas propriedades de monocultura, o agro da região denota potencialidades.
De acordo com o superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, em uma entrevista concedida ao CB.Agro, a característica de Brasília “são as pequenas produções”. Essas propriedades possuem acesso, de acordo com ele, a “um consumidor privilegiado, com renda boa”.
Como o agro em Brasília encontra-se em expansão em relação ao acesso ao pacote tecnológico da agricultura, os investimentos nesse setor mostram-se promissores. Por isso, aos empreendedores que buscam entender mais sobre esse tipo de negócio, vale a pena comprar uma passagem de ônibus para Brasília e conferir as pequenas propriedades que já produzem na região. Esse estudo de campo permitirá uma análise mais efetiva sobre a prática.
Essa visita, atrelado ao contato direto com os agricultores da região, é um exercício essencial para compreender, na prática, como construir um investimento desse porte. Por fim, como aponta Valdir Oliveira, hoje, em Brasília, se faz um movimento de “aproveitar as propriedades pequenas que nem sempre estão produtivas”. Em razão disso, os agentes desse espaço buscam produtores que agreguem na construção de uma produção rural capaz de atender as demandas do Distrito Federal.