Avanços tecnológicos na produção de tênis esportivos ajudam a melhorar a performance de atletas profissionais e amadores
No mundo fitness, os principais combustíveis para alcançar os objetivos propostos são o foco e a determinação. Atletas de todos os níveis, profissionais ou amadores, sempre buscam evoluir em suas práticas esportivas, alcançando melhores resultados, desempenhos e superando os seus limites.
Porém, a tecnologia está ajudando a tornar essa missão mais fácil. Nos últimos anos, intensificaram-se os estudos e os investimentos que trouxessem um componente tecnológico e inovador para auxiliar os atletas. Por exemplo, a produção do tênis esportivo passou por grandes mudanças, com novos modelos proporcionando melhor desempenho e mais conforto para os corredores.
Pisada high tech
A produção de tênis de corrida utilizando materiais e tecnologias inovadoras não é um assunto que surgiu por agora. Ao menos desde 2016, várias das grandes vitórias em competições de longa distância, como uma maratona, foram possíveis com o uso de calçados que ajudassem os corredores a terem melhor desempenho durante as provas.
A ciência ajuda a justificar esse sucesso. Pesquisas feitas na área revelam que os atletas podem ter até 6% a mais de eficiência energética quando usam tênis que utilizam uma dessas inovações. Por exemplo, o Nike Vaporfly é um modelo que chama atenção pelo fato de devolver a força da pisada do corredor, que é aplicada ao chão, para o calcanhar. Isso faz com que os movimentos do atleta sejam impulsionados, aprimorando o seu desempenho.
O aumento de 6% pode até parecer pouco, mas a diferença é notável em esportes em que cada segundo faz toda a diferença. Hoje, sete dos dez recordes masculinos (e quatro dos dez femininos) foram contabilizados por corredores que utilizavam o Nike Vaporfly nas provas.
Mas então essas tecnologias só estão disponíveis para atletas de alta performance, enquanto corredores amadores não podem desfrutar delas? Não é verdade. As grifes também investiram para trazer a nova geração de calçados esportivos para os demais corredores, o que, inclusive, ajudou a trazer novos praticantes para esse exercício.
Por exemplo, a Puma desenvolveu o Deviate Nitro 2, um tênis que conta com um sistema de amortecimento que utiliza infusão de nitrogênio. Segundo a fabricante, isso faz com que o calçado tenha melhor responsividade e extrema leveza para proporcionar uma corrida mais agradável e prazerosa. A entressola do modelo conta com a combinação de uma malha respirável com a finura da placa de carbono, o que gera maior tração ao piso e inibe o suor.
Já a Olympikus criou o primeiro tênis de corrida do planeta que utiliza o grafeno, um material flexível, resistente e muito comum no Brasil. O grafeno é uma espécie de carbono levíssimo, que ainda é flexível e muito resistente. A ideia foi tão bem recebida que a marca lançou o Corre Grafeno 2, uma versão aprimorada do tênis, que se destaca por ser muito mais barato que outros modelos de ponta como este.
Evolução para além das corridas
Claro que boa parte dessas inovações são feitas imaginando que o tênis será utilizado para quem pratica corrida, seja por atletas profissionais, seja por amadores, na rua ou na esteira. Mas essa evolução também pode beneficiar atletas de todos os níveis de outras práticas esportivas.
Esse é o caso de quem joga tênis, uma vez que a ciência e a tecnologia do aumento da performance não focam somente em melhorias no asfalto. A Asics lançou o Gel-Resolution 9, calçado que foi utilizado pelos tenistas brasileiros Marcelo Melo e Laura Pigossi. Ele se destaca por oferecer melhor capacidade de frenagem ao tenista, melhorando seu controle durante a partida. Além disso, ele conta com uma tecnologia na região dos cadarços que faz com que ele tenha melhor ajuste aos pés.