Depressão e ansiedade podem ser causadas pelo uso excessivo de mídias sociais
A tecnologia se tornou parte integrante da vida de qualquer um, pois não se sai de casa sem um smartphone, as mídias sociais estão constantemente sendo utilizadas e as mensagens de amigos, parentes e colegas de trabalho invadem o dia a qualquer momento.
Estudos recentes correlacionam que o aumento do tempo de uso de telas impacta significativamente na queda da qualidade da saúde mental, ocasionando o aumento de doenças como depressão, ansiedade, isolamento social, insônia, entre outras.
As telas afetam fisicamente o cérebro
O uso prolongado de telas afeta fisicamente o funcionamento do cérebro e também dos olhos, especialmente durante a noite. Isso porque o uso excessivo afeta negativamente o ciclo circadiano (o ciclo natural que nosso cérebro segue para nos manter despertados durante o dia e sonolentos à noite).
Com a atenção focada e a luz ininterrupta das telas, o cérebro se “confunde” e passa a funcionar como se estivesse durante o dia, inibindo a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, e acarretando dificuldade para dormir e insônia.
Outro malefício do uso descontrolado de telas é que, na sua maioria, os aplicativos de mídia sociais são projetados para manter o usuário engajado por horas a fio. Esse engajamento gera uma superprodução de dopamina e serotonina no cérebro, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e recompensa.
A falta desses hormônios, quando a pessoa já se encontra muito dependente, funciona de forma parecida com o vício em cigarro, drogas ou álcool, gerando crises de abstinência, ansiedade, síndrome do pânico, irritabilidade e apatia emocional. Em crianças e adolescentes, esses sinais são mais evidentes, pelo fato de serem mais sensíveis às mudanças hormonais no cérebro.
Por fim, o uso indiscriminado de telas, vídeos curtos e mídias sociais afeta, também, a capacidade cognitiva e de pensamento crítico, pois as informações já chegam até as pessoas já digeridas. Isso provoca uma perda da capacidade de pensar por si só, resolver problemas simples, manter o foco em atividades e até mesmo em estudar.
Podemos contornar o problema, mesmo com a internet a nosso favor
Reduzir a exposição prolongada a telas pode ser feito com a adoção de atividades e hobbies desconectados, como pintura, exercícios físicos, jogos de tabuleiro e leitura de livros e quadrinhos.
Porém, isso não significa que o uso da internet não possa ajudar a desenvolver esses hobbies. Nesse sentido, é possível fazer algumas buscas de ideias sobre literatura, como encontrar um armarinho online para comprar os materiais de atividades manuais, ou mesmo vídeos de tutorial para ajudar no aprendizado de uma nova língua, instrumento musical, costura, crochê, etc.
A ideia é utilizar a internet e os aplicativos como uma ferramenta auxiliar na atividade e concentrar o foco nessa mesma atividade fora das telas, ajudando a reduzir a necessidade de rodar os feeds das redes sociais infinitamente, sem nenhum benefício agregado.