Vale tem planos de usar hidrogênio quando for competitivo

Diretor de desenvolvimento e produtos da Vale dispara: “Brasil precisa entrar na corrida pela produção de hidrogênio”

A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, afirmou que existem planos de começar a utilizar hidrogênio quando for competitivo. A informação foi confirmada pelo diretor de desenvolvimento e produtos da empresa, Rogério Nogueira.

De acordo com Nogueira, o Brasil tem a necessidade de entrar na corrida pelo hidrogênio, uma vez que se trata de um setor industrial que está crescendo de forma disparada ao redor do mundo.

Para isso, a intenção principal seria estabelecer uma aliança entre os setores público e privado, de forma que o hidrogênio comece a ser utilizado quando ficar competitivo no mercado.

“Quando o hidrogênio se tornar competitivo, a gente pode usar, mas agora tem que ter precondições básicas para que a produção seja econômica. A primeira predisposição econômica tem que ser de minério de ferro de altíssima qualidade, e o gás natural tem que ser a preço competitivo”, disse Nogueira, durante apresentação na Prumo Day, realizada no Rio de Janeiro.

Segundo a análise feita pela empresa, o hidrogênio é visto com bastante potencial. O mundo todo estaria correndo para tentar largar na frente da produção, e o Brasil teria que seguir junto para não sair prejudicado nessa “corrida”.

Porém seria necessário esperar o “momento certo” para esse investimento seguir em frente. O Brasil teria um dos pontos principais. No caso, a base natural para que a produção seja feita.

Entretanto, o maior empecilho seria o preço. No Brasil, o custo é alto e os financiamentos demoram. Além disso, o gás natural seria mais caro em território nacional do que se comparado com outros países.

Mas, apesar desses tópicos, a mineradora entende que o Brasil pode atrair vários projetos correlatos, muito por ser apontado como um dos polos mais competitivos desse mercado. Entre os principais competidores do país que podem aparecer nesse cenário, estão a Arábia Saudita e o Oriente Médio.

O gás natural no Brasil gira em torno de US$ 12 o milhão de BTU, enquanto no mercado internacional é possível pagar até US$ 2 por milhão de BTU. Por esse motivo, seria tratada com certa urgência a necessidade de o Brasil se aprofundar nesse mercado o mais rápido possível.

Como dito anteriormente, a Vale é uma das mineradoras mais influentes no mercado mundial. As ações da Vale (Vale3) estão sendo vistas com destaque no ranking das maiores mineradoras do mundo. O próprio presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, ressaltou a influência que a empresa tem nesse processo de transição energética.

“A mineração tem muito a contribuir para o desenvolvimento do Brasil e para ajudar o país a assumir uma posição de liderança na transição energética. É para isso que estamos trabalhando fortemente na Vale”, destacou Bartolomeo.

A Vale tem como intenção nesse investimento em gás natural, além da questão financeira, se preocupar com o impacto ambiental. A meta da empresa é reduzir a emissão de gases geradores do efeito estufa em 33% até 2030 em suas operações.

Publicado por

Stefani Quaresma San Martins

Sou Stefani Quaresma San Martins, estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Pampa, minhas maiores experiências são com assessoria de imprensa, redação e social media com ênfase em conversão de leads.

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