1 Tessalonicenses 2 explicação

1 Tessalonicenses 2 explicação

Veja um estudo completo de 1 tessalonicenses 2, comentário e explicações de cada versículo:

1 Porque vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã;
2 mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate.
3 Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência; (1 Tessalonicenses 2:1-3)

2.1 – A frase “a nossa entrada para convosco”, refere-se a primeira visita de Paulo a Tessalônica (ver At 17.1-9).

2.2 – Os tessalonicenses souberam que Paulo havia sido preso em Filipos pouco antes de vir a Tessalônica (ver At 16.11 — 17.1).

O medo do encarceramento não impediu Paulo de pregar o evangelho. Se Deus quer que façamos algo, Ele nos dará forças e coragem para fazê-lo, a despeito de quaisquer obstáculos que possam surgir em nosso caminho.

O termo combate (gr. agoni, “contestar, lutar”, palavra grega aportuguesada como “agonia”) pode se referir a um conflito externo, a um tumulto interno ou a ansiedade.

A palavra era usada para se referir aos atletas competindo nos Jogos Olímpicos para descrever o treino extenuante deles ou o intenso esforço exigido para derrotar um oponente em um contexto.

O termo também era usado metaforicamente para a luta de uma pessoa contra a tentação. Aqui, Paulo fala da perseguição tangível cuja intenção era obstruir o progresso do evangelho.

2.3 – Esta declaração contundente pode ser uma resposta as acusações dos líderes judeus que haviam provocado as multidões (At 17.5).

Ao compartilhar o evangelho, Paulo não buscou dinheiro, fama ou popularidade. O apostolo revelou a sinceridade de seus motivos, mostrando que tanto ele quanto Silas haviam sofrido por compartilhar as Boas Novas em Filipos.

Deus os tornou ousados para falar a verdade em meio a grande combate ou oposição. A pregação deles em meio a essas lutas demonstraram seus motivos puros.

A defesa de Paulo sugere que ele e seus companheiros foram acusados de motivos impuros e um desejo de boa posição, fama ou ganho financeiro.

As pessoas se envolvem no ministério por vários motivos. Mas infelizmente nem todas estas razões são boas ou puras. Quando os propósitos tortuosos destas pessoas são expostos, toda a obra de Cristo sofre. Quando você se envolver no ministério, faça tudo por amor a Cristo e as outras pessoas.

Explicação de 1 Tessalonicenses 2:4-8

Ao tentar persuadir as pessoas, podemos ser tentados a alterar a nossa posição o suficiente para tornar a mensagem mais aprazível, ou para usar a lisonja ou o elogio.

Paulo nunca mudou sua mensagem para torná-la mais aceitável, mas adequou seus métodos a cada público. Embora a nossa apresentação deva ser alterada para se adequar a cada situação, a verdade do evangelho jamais deve ser comprometida.

4 mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração.
5 Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha.
6 E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;
7 antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos.
8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos. ; (1 Tessalonicenses 2:4-8)

2.5 – É muito desagradável ouvir uma pessoa “bajular” alguém. A lisonja, além de falsa, e um disfarce para as verdadeiras intenções de uma pessoa. Os cristãos não devem ser bajuladores.

Aqueles que proclamam a verdade de Deus tem a responsabilidade especial de ser honestos.

Você é honesto e direto em suas palavras e ações? Ou diz as pessoas o que querem ouvir, com a deliberada intenção de conseguir o que você quer ou para obter êxito em determinadas situações?

2.6-8 – Quando Paulo estava com os tessalonicenses, ele não os lisonjeou, não buscou seu elogio, nem se tornou um fardo para eles.

Tanto o apóstolo quanto Silas concentraram todos os seus esforços na apresentação da mensagem salvífica de Deus aos tessalonicenses. Isto foi importante! Os crentes dessa cidade tiveram suas vidas transformadas por Deus, não por Paulo; foi na mensagem de Cristo que eles creram, não na de Paulo.

Quando testemunharmos a respeito de Cristo, nosso enfoque não deve estar na impressão que deixaremos. Como verdadeiros ministros de Cristo, devemos apontar para Ele, não para nós mesmos.

2.7a – O poder e a agressividade ganham mais respeito, embora ninguém goste de ser maltratado. A mansidão é o amor em ação — sendo atenciosos, atendendo as necessidades dos outros, dando tempo para as outras pessoas falarem, e estando dispostos a aprender. É uma característica essencial tanto para homens como para mulheres. Mantenha uma atitude gentil em seu relacionamento com os outros.

Em nossa sociedade, a mansidão é frequentemente esquecida e relegada, porém é uma importante característica pessoal.

2.7b Paulo usou a imagem da ama (gr. trophos, “baba”) como um símile vivido para converter sua afetuosa atenção para com os cristãos tessalonicenses.

Paulo alimentou os bebês cristãos com o evangelho, ensinando-lhes a sobrevivência espiritual, assim como uma mãe cria seus filhos, demonstrando atividade cuidadosa e também atitude amorosa.

Explicação de 1 Tessalonicenses 2:9-20

9 Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.
10 Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes.
11 Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos,
12 para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
13 Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.
14 Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que, na Judeia, estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles,
15 os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.
16 E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim.
17 Nós, porém, irmãos, sendo privados de vós por um momento de tempo, de vista, mas não do coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o vosso rosto.
18 Pelo que bem quisemos, uma e outra vez, ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu.
19 Porque qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura, não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda?
20 Na verdade, vós sois a nossa glória e gozo. (1 Tessalonicenses 2:9-20)

2.9 – Embora Paulo tivesse o direito de receber apoio financeiro das pessoas as quais ensinou, ele se sustentou com o ofício de fazedor de tendas (At 18.3) para não ser um fardo para os novos crentes tessalonicenses.

2.11 Nenhum pai amoroso negligência a segurança de seus filhos, permitindo que vivam em circunstâncias que possam ser prejudiciais ou fatais.

Paulo emprega a imagem do pai cuidando dos filhos para explicar seu encorajamento e exortação dos tessalonicenses e para ilustrar seu próprio compromisso de ensinar e encorajar os novos na fé.

A preocupação paterna do apóstolo leva-o a insistir que os tessalonicenses respondam com um certo curso de ação.

Da mesma maneira, devemos proteger os novos crentes até que sejam suficientemente maduros para permanecerem firmes na fé. Devemos ajudar os novos cristãos a se tornarem fortes o bastante para influenciarem a outros, por amor ao evangelho.

2.11,12 – Por suas palavras e exemplo, Paulo encorajou os tessalonicenses a viverem de um modo que Deus consideraria digno.

Existe alguma coisa em sua vida cotidiana que envergonharia a Deus? O que as pessoas pensam a respeito de Deus, ao observarem a sua vida?

2.13-16 Paulo agradeceu a Deus pela recepção do evangelho pelos tessalonicenses porque tiveram a percepção espiritual para reconhecer essa mensagem como a palavra de Deus com o poder de transformar os cristãos.

Eles, graças a aceitação da mensagem, imitavam a fé firme e coragem dos cristãos da Judeia que sofreram nas mãos dos judeus.

A linguagem forte de Paulo contra os judeus se devia ao fato destes terem perseguido (gr. ekdioxanton,”expulsaram, baniram”) os cristãos (veja At 17.5-9) e tem de ser lida a luz de todo seu ensinamento.

Paulo estava pessoalmente familiarizado com essa perseguição porque ele, antes de se tornar cristão, participara do combate aos seguidores do Caminho de Cristo.

Em Romanos, ele demonstra seu amor por seu povo e o desejo para que se salvem. Ele também usa uma linguagem forte em Romanos contra a conduta dos gentios.

Essa repreensão foi em resposta a perseguição que ele e seu rebanho sofreram nas mãos dos judeus e não indica nenhum sentimento antissemítica; antes, ele confirma que Deus julgará a todos, judeus e gentios.

2.13 – No NT, a expressão “a palavra de Deus” normalmente se refere a pregação do evangelho do AT, ou ao Senhor Jesus Cristo. Hoje em dia frequentemente a aplicamos apenas a Bíblia Sagrada. Lembre-se de que o Senhor Jesus Cristo e a própria Palavra (Jo 1.1).

2.14 – Da mesma maneira que os cristãos judeus em Jerusalém foram perseguidos por outros judeus, os cristãos gentios em Tessalônica foram perseguidos por seus companheiros gentios.

A perseguição é desencorajadora, especialmente quando vêm de nosso próprio povo. Todo aquele que se posicionar ao lado de Cristo poderá enfrentar oposição, desaprovação e ridicularização da parte de seus vizinhos, amigos e até mesmo dos membros de sua família.

Quando Paulo se refere aos judeus, está falando sobre certos judeus que se opuseram à sua pregação.

Ele não se refere a todos os judeus. Muitos dos convertidos por meio da mensagem de Paulo eram judeus. O próprio apostolo era judeu (2 Co 11.22).

2.15,16 – Por que tantos judeus se opuseram ao cristianismo?

  • Embora a religião judaica tivesse sido declarada legal pelo governo romano, ela ainda mantinha uma tênue relação com o governo. Nesta época, o cristianismo era visto como uma seita do judaísmo. Os judeus tinham medo de que as represálias dirigidas contra os cristãos pudessem se estender a eles;
  • Alguns líderes judaicos pensavam que Jesus fosse um falso profeta, e não queriam que seus ensinos se propagassem;
  • Temiam que se muitos judeus fossem atraídos, sua própria posição política seria enfraquecida;
  • Orgulhavam-se de sua posição especial como o povo escolhido de Deus e se ressentiam com o fato de que os gentios pudessem se tornar membros efetivos da igreja crista.

2.18 Satanás é real. Ele é chamado de o “deus deste século” (2 Co 4.4) e de “príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2).

Não sabemos exatamente o que impediu Paulo de retornar a Tessalônica – oposição, enfermidade, complicações relativas à viagem ou um ataque direto — mas satanás trabalhou de alguma maneira para mante Io afastado.

Muitas das dificuldades que nos impedem de realizar a obra de Deus podem ser atribuídas a satanás (ver Ef 6.12).

2.20 A recompensa final para o ministério de Paulo não foi dinheiro, prestígio ou fama, mas os novos crentes cujas vidas foram transformadas por Deus através da pregação do evangelho. Esta foi a razão que o motivou a desejar vê-los.

Não importa qual ministério Deus lhe tenha dado, a sua maior recompensa e alegria devem ser aqueles que vierem a crer em Cristo e crescerem nEle por seu intermédio.

Fontes:

  • Bíblia Aplicação Pessoal – CPAD
  • Bíblia de estudo da mulher Cristã – CPAD

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