Salmo 9 estudo e explicação

Salmo 9: estudo e explicação

Os Salmos 9 e 10 forma um único poema, os versos são separados pelo alfabeto hebraico. Esse salmo busca a expressar o louvor a Deus e o lamento em um belo arranjo artístico.

O salmo 9 traz um cabeçalho ou epígrafe que, evidentemente, se aplica também ao salmo 10, e os dois salmos aparecem como uma unidade na LXX. Além disso, o salmo 10 continua o acróstico iniciado no salmo 9. Os dois salmos expressam a confiança na vitória de Deus sobre o mal.

A epigrafe desse salmo de ação de graças, celebrando os julgamentos justos do Senhor, especifica que ele deve ser cantado ou tocado de acordo com Mute-Laben (heb. com o sentido de “morte pertencendo ao filho” ou “morte para o filho”).

Muitos estudiosos acreditam que a designação se refere ao tom em que o salmo deveria ser cantado. Alguns veem esse salmo como se referindo talvez as vozes femininas (soprano ou tom agudo).

O SENHOR e chamado de Altíssimo (heb. Elyon, “Supremo”). Anteriormente, Abrão, depois de receber a benção de Melquisedeque, chamou o Senhor Deus de “Deus Altíssimo” (Gn 14.17-24). No pensamento hebraico, o verbo conhec[er] é um termo concernente ao relacionamento, referindo-se ao conhecimento íntimo e pessoal (SI 9.2,10).

Aqueles que conhecem o Senhor pelo nome (i.e. seu caráter, a essência de quem Ele é) podem confi[ar] (heb. batach, pôr as esperanças e confiar em; estar seguro, não temer nada”) nele porque já experimentaram pessoalmente sua fiel presença em tempos de angustia.

Explicações

Salmo 9:1

Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. – (Salmo 9:1)

Sl 9.1 O louvor consiste em expressar a Deus nosso apreço por compreendermos o valor dEle. É como agradecer por cada aspecto da natureza divina.

Nossa atitude interior se torna uma expressão exterior. Quando louvamos a Deus, a nossa consciência sobre quem é Ele é expandida. Assim, em cada salmo que ler, procure um atributo ou característica de Deus pela qual você possa mostrar-se agradecido.

Salmo 9:2-9

2 – Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.
3 – Porquanto os meus inimigos retrocederam e caíram; e pereceram diante da tua face.
4 – Pois tu tens sustentado o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente.
5 – Repreendeste as nações, destruíste os ímpios, apagaste o seu nome para sempre e eternamente.
6 – Oh! Inimigo! Consumaram-se as assolações; — tu arrasaste as cidades, e a sua memória pereceu com elas.
7 – Mas o Senhor está assentado perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar.
8 – Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão.
9 – O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia. – (Salmo 9:2-9)

Sl 9.4 Deus apoia nossa causa justa; Ele e o nosso Vindicador, aquele que nos defende e justifica diante dos outros.

Podemos enfrentar muitas injustiças nesta vida. Podemos:

  1. ser falsamente acusados e mal compreendidos por amigos e inimigos;
  2. não ser apreciados pelas pessoas pelo amor que demonstramos;
  3. não ser bem recompensados por nosso trabalho;
  4. ter nossas ideias ignoradas, mas Deus deve ser louvado, porque vê e lembra-se de tudo o que fazemos de bom.

A Ele pertence a decisão de como e quando nos recompensar. Se não confiarmos em Deus para vindicar-nos, estaremos suscetíveis ao ódio e a autopiedade.

Se confiarmos nEle, podemos experimentar sua paz e ficar livres da preocupação sobre como os outros nos veem e nos tratam.

Salmo 9:10

E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam. – (Salmo 9:10)

Sl 9.10 – Deus nunca abandona aqueles que o buscam. Isso não significa que não teremos perdas e sofrimentos; significa que Deus nunca nos abandonará, não importa o que venhamos a enfrentar.

Salmo 9:11-20

11 – Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos,
12 – pois inquire do derramamento de sangue e lembra-se dele; não se esquece do clamor dos aflitos.
13 – Tem misericórdia de mim, Senhor; vê como me fazem sofrer aqueles que me aborrecem, tu que me levantas das portas da morte;
14 – para que eu conte todos os teus louvores às portas da filha de Sião e me alegre na tua salvação.
15 – As nações precipitaram-se na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé.
16 – O Senhor é conhecido pelo juízo que fez; enlaçado ficou o ímpio nos seus próprios feitos. (Higaiom; Selá)
17 – Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus.
18 – Porque o necessitado não será esquecido para sempre, nem a expectação dos pobres se malogrará perpetuamente.
19 – Levanta-te, Senhor! Não prevaleça o homem; sejam julgadas as nações perante a tua face.
20 – Tu os pões em medo, Senhor, para que saibam as nações que são constituídas por meros homens. (Selá) – (Salmo 9:11-20)

Sl 9.11 – Deus não se faz presente somente em Jerusalém ou em Sião (outro nome para o monte Moriá, a colina onde Templo foi construído). Ele sempre está em todos os lugares ao mesmo tempo.

O lugar central da adoração dos judeus era o belo Templo em Jerusalém. Mas Deus estava presente no Tabernáculo (Ex 25.8,9) e no Templo construído por Salomão (2 Cr 7.16). O fato e que os judeus deveriam anunciar ao mundo a respeito do verdadeiro e único Deus que eles conheciam e adoravam.

Sl 9.13,14 – Todos nós queremos que Deus nos ajude, mas frequentemente por razoes diferentes. Alguns querem a ajuda do Senhor, a fim de que sejam bem-sucedidos e que as outras pessoas gostem deles.

Outros querem para que se sintam confortáveis e bem consigo mesmos. Davi, porém, queria que a justiça fosse restabelecida em Israel, de forma que o poder de Deus fosse exaltado.

Quando você pedir a ajuda de Deus, considere suas motivações. Seu objetivo e poupar a si próprio da dor e do embaraço ou atribuir a Deus a glória e a honra?

Sl 9.18 – O mundo pode ignorar a situação do necessitado, esmagando qualquer esperança terrena de que este possa ter. Mas Deus, o defensor dos fracos, promete que essa situação não permanecera para sempre.

As nações ímpias, que se esquecem do Senhor e recusam-se a ajudar o seu povo, serão julgadas por Deus. Ele conhece as nossas necessidades, nossa propensão ao desespero, por isso prometeu cuidar de nós (w. 9,12). Mesmo quando os outros se esquecerem de nós. Ele se lembrará.

Fontes:

  • Bíblia Aplicação Pessoal – CPAD
  • Bíblia de estudo da mulher Cristã – CPAD

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