Tipo de geração que mais cresce no Brasil, a geração distribuída é aquela feita para consumo local e se divide em quatro grandes tipos
A geração de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas instaladas em residências, prédios comerciais e plantas industriais tem crescido de maneira contínua. O último levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a Absolar, aponta para uma geração de 29 GW na modalidade de geração distribuída, ou GD, aquela cuja captação serve para o próprio consumo.
Redução nos custos impulsiona a geração distribuída
No Brasil, são ao todo mais de 3,5 milhões de unidades beneficiadas com a geração distribuída, sendo que boa parte do aumento na adesão à produção própria aconteceu pelo barateamento da matéria-prima utilizada na fabricação do painel solar. Além disso, o retorno rápido sobre o investimento e o barateamento da conta de luz são fatores muito importantes para o avanço rápido deste modal energético.
Os benefícios da geração distribuída
A geração distribuída tem um papel fundamental dentro do cenário do setor energético. A independência das grandes usinas de geração, ou seja, a oposição ao modelo de geração centralizada – seja ela hidrelétrica ou mesmo solar -, faz dela mais sustentável, mais eficiente e também autossuficiente. A prescindibilidade de linhas de transmissão é um bom exemplo disso.
Entenda quais são as modalidades
A geração distribuída é dividida em quatro grandes tipos ou modalidades, diferentes entre si. Essa mudança veio após uma resolução da ANEEL, a Agência Nacional de Energia Elétrica, que só previa um tipo até 2015, a geração junto da carga. Em comum entre as modalidades, está apenas o fato de serem on-grid, isto é, o sistema fica ligado à rede da distribuidora local.
Geração junto da carga é o tipo mais comum
A modalidade de geração junto da carga é a mais comum. Nela, o próprio consumidor opta por instalar seu micro (até 75 kW) ou minigerador (superior a 75 kW até 3 mW) em que fará o consumo. É o caso das placas solares instaladas nos telhados das residências, por exemplo. O sistema diminui as perdas, devido às longas distâncias de transmissão, além de ser sustentável.
Geração em um local diferente daquele do uso
Outra modalidade é a de autoconsumo remoto. Nela, o gerador fica instalado não mais onde ocorre o consumo, mas em outro imóvel. Porém, ambos devem estar sob a mesma titularidade, ou seja, devem pertencer à mesma pessoa, seja ela física ou jurídica. Além disso, devem estar sob a área da mesma concessionária.
Geração compartilhada
Já a geração compartilhada permite que duas ou mais pessoas – também físicas ou jurídicas – se juntem e compartilhem de um mesmo sistema de geração de energia. Sistema utilizado principalmente nas fazendas solares, é permitido por meio de consórcio, cooperativa, condomínio civil voluntário ou outra forma de associação civil. É um esforço conjunto para obtenção de uma grande unidade geradora.
EMUC é mais utilizado em condomínios residenciais e shoppings
A última modalidade dentro do leque da geração distribuída é o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, ou EMUC. Nesta modalidade, várias unidades compartilham um sistema central, e é comumente utilizada em condomínios fechados, prédios comerciais e até shoppings.
A geração distribuída é um grande avanço na utilização da energia solar no país e a que mais cresce. Somente no primeiro semestre de 2024 foram 6 GW acrescidos no país, frente a 2,9 GW da geração centralizada, sendo mais de 2 GW somente no consumo residencial. Para se beneficiar deste avanço, uma maneira fácil é através da energia solar por assinatura: nela, aproveita-se a energia produzida em excesso e que é repassada para a rede local.