Os novos sistemas de energia solar prometem ônibus mais eficientes e com menos emissões de gás carbônico
A febre dos veículos elétricos acabou de atingir um novo patamar em solo brasileiro, começaram a ser distribuídos os primeiros ônibus alimentados com energia prontos para receber passageiros.
O desenvolvimento do projeto vai de encontro com a onda de preservação e sustentabilidade que tem tomado conta do setor de transportes.
Uma breve história dos veículos elétricos
Os veículos elétricos existem a muitas décadas, na verdade, os carros elétricos foram inventados antes que os veículos com motores à combustão como conhecemos, a data dos primeiros experimentos da modalidade começa no ano de 1828, enquanto o primeiro carro tradicional, acessível, data de 1908.
O que levou ao declínio dos modelos elétricos era a falta de componentes confiáveis, leves e duráveis. No entanto, alguns séculos depois, a tecnologia finalmente permitiu que fossem desenvolvidas baterias, motores e painéis capazes de alimentar, de forma eficiente, veículos elétricos que podem ser usados durante extensos períodos sem a necessidade de recarga.
Os novos ônibus
Os novos veículos movidos a energia solar desenvolvidos por empresas brasileiras são divididos em duas categorias. Os totalmente elétricos e os parcialmente elétricos.
Os ônibus totalmente elétricos alimentados por painéis solares ainda estão em desenvolvimento, mas destaca-se o veículo desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2017.
O veículo de 12,7 metros de comprimento é alimentado pelos diversos painéis fotovoltaicos montados no telhado do Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar Fotovoltaica da UFSC.
Os painéis acumulam energia elétrica, transferida para as baterias do ônibus em cargas rápidas que duram seis minutos, já a carga completa leva cerca de duas horas e meia, a cada volta do percurso do campus da universidade o ônibus faz uma parada para recarga rápida.
Já a segunda categoria é formada por veículos movidos a biodiesel, uma forma mais ecológica de combustível para motores convencionais. No entanto, o aparelho de ar condicionado do ônibus é alimentado por painéis fotovoltaicos.
Esse modo de alimentação permite que o ar condicionado tenha um gerador de energia próprio e não drene energia do motor para fazê-lo funcionar, o que aumenta a eficiência dos motores e reduz em até 20% as emissões de gás carbônico devido à queima do combustível.
Segundo os desenvolvedores dos ônibus, os aparelhos de ar condicionado instalados podem gerar até 20 mil BTU’s (unidades térmicas britânicas) de energia, enquanto os modelos tradicionais instalados em ônibus convencionais são capazes de gerar apenas 14 mil BTU’s, ou seja, os novos modelos possuem maior capacidade refrigeradora com menor custo de manutenção e maior rendimento energético para os motores.
O desenvolvimento de curso de energia solar mais avançado em diversos institutos e universidades permite que novos veículos elétricos e novas soluções possam ser testadas e, posteriormente, implantadas na sociedade para diminuir a pegada de carbono deixada pelos seres humanos no planeta.